Um inferno denso, opaco, intransparente é o que mostra ser a obra da TransOceânica. Moradores da Região Oceânica estão sofrendo com as obras mal planejadas e mal fiscalizadas de Itaipu até Charitas, na Zona Sul de Niterói, passando pelo Cafubá. Quem sai de Itaipu em direção a Piratininga está levando 45 minutos, em média, até atingir a Avenida Central. A pista auxiliar da direita, que não tem ciclovia, ficou pequena para o grande fluxo de veículos na Estrada Francisco da Cruz Nunes. Depois os motoristas ainda enfrentam outros engarrafamentos.
Para percorrer todos os trechos em obra na principal via da Região Oceânica, o motorista demora mais de uma hora e meia no trajeto. O que se nota é a ausência de planejamento de trânsito. Não se vê um funcionário da Prefeitura acompanhando o andamento ou fiscalizando o trabalho das empreiteiras. A entourage municipal só aparece quando o prefeito chega para tirar fotos no canteiro de obras.
Já estourou o prazo, anunciado pela prefeitura em seu site, de que ficaria pronto no mês passado o trecho 8, que vai do Engenho do Mato até a Padaria Versailles. As empreiteiras do consórcio contratado por R$ 310 milhões pelo chamado Regime Diferenciado de Contratação ainda estão construindo a pista exclusiva do BHLS (Bus High Level System – Sistema de Ônibus de Alto Nível), provocando transtorno ao trânsito local (foto).
Sem transparência
A obra da Transoceânica foi entregue pelo prefeito ex-petista Rodrigo Neves (PV) a um consórcio integrado pela Constran, empresa do grupo UTC, do empresário Ricardo Pessoa processado pela Operação Lava-Jato. O modelo usado na licitação fora criado pelo governo da presidente afastada Dilma Roussef para supostamente acelerar as construções para a Copa do Mundo em 2014, mas também acabou sendo aplicado nas obras financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em que está incluída a TransOceânica.
Especialistas em gestão pública criticam o RDC porque permite que uma das empresas participantes da licitação elabore o projeto básico da obra, deixando o poder público contratante sem controle do orçamento e da qualidade do serviço. O caso da ciclovia que desabou na Avenida Niemeyer, matando dois ciclistas no Rio de Janeiro, é um exemplo do que pode acontecer quando uma prefeitura compra uma obra sem ter seu próprio projeto básico, antes da assinatura do contrato, deixando comprometida pela falta de transparência toda a fase de execução dos trabalhos.
Além disso, as delações premiadas que pipocam da Operação Lava-Jato têm mostrado que o RDC resultou em superfaturamento, como a construção do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, e a reforma do Maracanã.
Dos R$ 310 milhões previstos para construir os 9,3 quilômetros da TransOceânica, incluindo o túnel Charitas-Cafubá, o contribuinte niteroiense vai ter que pagar cerca de R$ 290 milhões, mais os juros e atualização monetária de um empréstimo contratado pela prefeitura de Niterói com a Caixa, em prestações mensais pelos próximos vinte anos.
O problema é que este caos permanecerá parqa sempre porque o problema em si não é a obra mas a redução para duas pistas, o que vai ser permanente. É a primeira vez na vida que vejo obras que retrocedem no tempo,….ao invés de se alargarem as pistas, já que aumentaram os gabaritos das construções na região, eles reduziram…retrocederam ao passado voltando sa duas pistas para cada sentido…e Fizeram calçadas de 8 metros de largura para que? estasmos à beira da praia pra termos calçadão???!!! e detalhe uma calçada com pista de ciclismo mal demarcada e as pessoas são quase atropeladas pelos ciclistas. Esta é uma obra de loucos!!!! Iswto sem contar que o tempo reduzido não será tão grande assim e que quem tem posses (grande maioria da região, não vai se sujeitar a andar em ônibus, cheio talvez, e largar o conforto do seu carro…kkkk tudo muito louco…..e a curva para o onibus ao redor do Corpo de Bombeiros??!!!! onibus vai entalar ali..kkkkk isto é obra para mais uma mamata e depois, quando virem que não deu certo duas pistas, ai rebentam tudo de novo e é mais dinheiro pro bolso de vários envolvidos. Pouca vergonha!!!!!!
Lilian Mara, tudo o que você escreveu, é exatamente o que eu venho falando para a minha família e amigos.
Com toda a certeza, esta é uma obra que só serve para que o dinheiro saia do cofre da prefeitura e entre no bolso de pessoas sem escrúpulos.
Imaginem o caos que será não só no dia a dia mas principalmente no verão.
Sou a favor de uma audiência pública com a presença do prefeito, secretário de obras e representantes da empreiteira para responder em que bases foram feitos os projetos para que pistas de rolamento fossem diminuídas e calçadas aumentadas.
Com certeza as pessoas que fizeram e assinaram os projetos, NÃO CONHECEM A REGIÃO OCEÂNICA E SEQUER SE PREOCUPARAM COM O AUMENTO DE TRÂNSITO NO VERÃO. O pio, é que a secretaria de obras aceitou um projeto desses.
O povo merece uma explicação.