Um dia antes de viajar a Nova York, aonde vai para assinar o acordo de Paris sobre as alterações climáticas, sexta-feira (22/04), a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Senado Federal pedidos de autorização para a União contratar crédito externo e fez o mesmo também para os municípios de Niterói (RJ) e Manaus (AM), além do Estado da Bahia.
Enquanto ignora o furacão que se abateu sobre a política e a tempestade que ameaça a economia nacional, a presidente promove o endividamento de municípios, estados e União. No caso de Niterói, o empréstimo será de US$ 100 milhões, da Corporação Andina de Fomento (CAF), para o prefeito Rodrigo Neves — que trocou o PT de Dilma pelo PV que votou pelo impeachment da presidente — tocar o Programa Região Oceânica Sustentável, que prevê a construção de um parque, com ciclovia no entorno da Lagoa de Piratininga, e a pavimentação de ruas, entre outras intervenções.
A mão aberta de Dilma contraria um alerta feito em agosto de 2015 pelo Tesouro Nacional para que a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), órgão do Ministério do Planejamento, não aprovasse mais pedidos de empréstimos de entidades internacionais para Estados e municípios.
O CAF é um banco de desenvolvimento fundado em 1970 e formado por 19 países )17 da América Latina e o Caribe, Espanha e Portugal), assim como por 14 bancos privados da região. Este novo crédito de U$ 100 milhões se somará a outros US$ 170 milhões pleiteados também junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que já liberou US$ 26,4 milhões para contenção de encostas, operação de trânsito e monitoramento da cidade com câmeras, entre outros projetos.
Justificativas a prefeitura tem de sobra para os pedidos de cerca de R$ 1,9 bilhão de empréstimos que Rodrigo Neves já fez, endividando Niterói pelos próximos vinte anos. Falta, porém, a administração municipal apresentar resultados, pois a qualquer chuva mais forte as ruas alagam; o trânsito não anda seja qual for a hora do dia; a cidade não dispõe de transporte público satisfatório; a limpeza urbana deixa a desejar e por aí vai a lista de necessidades urbanas básicas que a população não vê funcionar a contento.
De olho na reeleição — o que lhe fez até trocar o PT do coração pelo PV para maquiar sua campanha –, Rodrigo Neves faz seu marketing eleitoral tocando grandes obras, como a construção do Túnel Charitas-Cafubá e a do corredor de ônibus (BHLS) da TransOceânica. Espera colher votos com a inauguração de obras que não conseguirá concluir até outubro, as quais, devido à pressa e à falta de organização sacrificam muito grande parte da população de Niterói.
Os empréstimos, ah! sim!, quem vier depois que pague os R$ 1,9 bilhões (pela cotação do dólar de hoje), mais os juros e as correções monetárias contratadas e que deverão ser honrados pelos próximos cinco mandatos municipais.
GOSTARIA DE SABER ONDE FORAM GASTADAS , ESTAS VERBAS ORIUNDAS DESSES EMRÉSTIMOS ?POIS , APÓS ANOS DE ADMINISTRAÇÃO DO PT E PDT EXISTEM VARIAS OBRAS PRIORITÁRIAS PARA O MUNICIPIO QUE NÃO FORAM EXECUTADAS.