
Desde segunda-feira (19), moradores de diversas ruas do bairro São Francisco, em Niterói, enfrentam um apagão digital devido à falta de internet da Claro. A operadora alega que problemas de segurança pública na região impedem a realização de reparos na rede, deixando os clientes sem previsão de normalização do serviço. Além da interrupção na conexão, os moradores denunciam que a insegurança tem agravado a falta de assistência técnica, especialmente em áreas próximas às comunidades da Grota e aos morros do Cavalão e da Viração.
Enquanto aguardam uma solução, os afetados cobram respostas da empresa e da administração municipal, argumentando que o bairro, que paga um dos IPTUs mais caros da cidade, segue sem contrapartidas adequadas em segurança e infraestrutura. Entre as vias afetadas estão a Avenida Rui Barbosa e as ruas Edgard German, Lisandro Pereira da Silva, Pedro Francisco Correia, Fernandes Couto, Amapá e Mário Joaquim Santana.
Os moradores relatam que há mais de 48 horas estão sem conexão, e questionam se suas ruas são consideradas áreas de risco pela operadora. Muitos residem em áreas próximas às comunidades da Grota e aos morros do Cavalão e da Viração, que, segundo relatos, têm sido mais afetadas pela falta de atendimento técnico da Claro.
O bairro São Francisco tem enfrentado constantes furtos de fios e cabos de energia e internet, situação que agrava ainda mais a instabilidade dos serviços essenciais. Com a suspensão no atendimento da Claro, moradores cobram soluções da operadora e também da Prefeitura. O bairro é conhecido por ter um dos IPTUs mais caros de Niterói, e os contribuintes reivindicam melhorias na segurança e na infraestrutura como contrapartida dos impostos pagos.
Em resposta às reclamações, a Claro enviou um comunicado aos clientes informando que, por medida preventiva, as equipes técnicas estão impedidas de prestar atendimento devido a ameaças físicas aos funcionários. Segundo a operadora, não há previsão para a normalização do serviço e a empresa está acionando os órgãos de segurança pública para viabilizar o retorno dos atendimentos na região.
Além da cobrança direcionada à Claro, os moradores também questionam a segurança na região e a falta de infraestrutura adequada para impedir furtos de cabos e equipamentos. O bairro, que tem um dos IPTUs mais altos de Niterói, reivindica melhorias que garantam a continuidade dos serviços essenciais, como internet e energia elétrica.
Diante da interrupção prolongada do serviço de internet da Claro no bairro São Francisco, em Niterói, os moradores podem recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para exigir seus direitos. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) e as normas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) garantem que as operadoras devem fornecer um serviço contínuo e comunicar previamente qualquer falha, além de apresentar uma previsão de solução.
Segundo especialistas, consumidores que tiveram prejuízos financeiros ou dificuldades para trabalhar e estudar devido à falta de conexão podem reivindicar indenizações por danos materiais e morais. Para isso, os prejudicados devem registrar reclamações formais junto à Anatel, ao Procon ou à plataforma consumidor.gov.br.