Neste 18 de outubro, uma data dedicada aos médicos, é importante lembrar que Niterói sempre foi um celeiro de excelentes profissionais da saúde. O Hospital Antônio Pedro, quando tinha sua emergência de portas abertas, era referência na formação de profissionais.
A Coluna presta uma homenagem especial a esses salvadores de vidas, em particular a Lutegarde Vieira de Freitas, que chefiou a Cirurgia Geral do Servidores do Estado por mais de quatro décadas. Aos 82 anos, ele ainda continua ativo, indo ao hospital carioca às terças e quintas-feiras para examinar os casos mais complexos.
Lutegarde chegou jovem a Niterói, vindo de Laje do Muriaé. Formou-se no colégio Salesianos e na Faculdade de Medicina da UFF, em 1966. Fez residência no HUAP, aprendendo com o mestre José Hilário, e se destacou na cirurgia geral. Com rara vocação, tornou-se professor e se aposentou como titular na UFF. Fez mestrado na Fluminense e doutorado pela UFRJ. Seu legado inclui milhares de médicos formados, que atuam em todo o país e no exterior. Ele é de uma época em que os diagnósticos eram feitos sem a tecnologia avançada dos exames de imagem que existem hoje.
Outro exemplo e feliz coincidência no Dia do Médico. Lutegarde é casado com Maria Célia, cirurgiã-geral como o marido e com doutorado em servir ao próximo. Há 50 anos, ela entrou por concurso para o Orêncio de Freitas. Há 11 anos dirige com dedicação incansável o hospital do Barreto. Com seu jaleco branco percorre diariamente as enfermarias para ver se está tudo OK e dar o seu apoio e carinho especial aos doentes ali internados.
Esta homenagem celebra não apenas Lutegarde e Maria Célia, mas todos os médicos que dedicam suas vidas ao cuidado e bem-estar dos outros.
Justíssima homenagem! Maria Célia e Lutegard são exemplos na medicina e formação de médicos.