Funcionários e pacientes do Hospital Municipal Carlos Tortelly foram surpreendidos hoje com a falta de limpeza da unidade hospitalar da prefeitura de Niterói. O motivo: falta de pagamento da empresa Espaço Serviços Especializados. Somente a enfermaria ficou livre da sujeira espalhada. Um funcionário manteve o setor limpo.
“Esse é o exemplo do que pode ocorrer com a privatização da saúde na nossa cidade. É o descaso e a indiferença cada vez maior da prefeitura com o bem-estar da população”, criticou Cesar Braga Macedo, presidente da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói.
A crítica de Cesar Braga deve-se ao fato de a prefeitura estar entregando hospitais a organizações sociais de saúde, como a Ideias, responsável pelo Getulinho, e a Viva Rio, a qual foi entregue o Hospital Oceânico. Além disso, gestores municipais como o secretário Rodrigo Oliveira, e a presidente da Fundação Estatal de Saúde, Anamaria Schneider, são oriundos de OSs.
Leia: MP cobra falta de médicos e de remédios na rede básica de saúde de Niterói
O prefeito Axel Grael deixa correr frouxa a saúde de Niterói. Falta tudo na rede básica municipal, como verificou o MP em inspeções recentes. Além da escassez de soros, vacinas e remédios, o usuário recebe assistência mínima. Agora os doentes e seus acompanhantes têm que enfrentar até a sujeira nos hospitais.
Funcionários da terceirizadora de mão de obra Espaço cruzaram os braços no Carlos Tortelly porque não recebem seus salários. A empresa justificou o atraso dizendo que a prefeitura não lhe paga as faturas.
O problema não é novo. Ano passado a prefeitura assinou um termo com a empresa reconhecendo a dívida com o recolhimento da Contribuição Previdenciária patronal, devida pela contratação dos trabalhadores terceirizados.
Este ano, a Fundação Municipal de Saúde contratou mais uma vez a Espaço por R$ 3,94 milhões para a prestação de “serviços especializados e continuados de limpeza, desinfecção e higienização, tratamento de pisos, desinsetização e desratização das unidades de saúde da FMS”. O contrato foi sem licitação, em caráter emergencial, e tem prazo de março a setembro próximo, devendo ser utilizados recursos do Sistema Único de Saúde para o pagamento.
Como sempre saúde e educação é de onde o dinheiro é desviado. Vereadores não tomam conhecimento pois só sabem oferecer medalhas a qualquer um e trocar nomes de ruas. E, o povo bate palme. Depois morrem por falta de atendimento.
Parece que não temos vereadores.
Absurdo, o governo gasta milhões em festas e deixa serviços essenciais sem funcionamento. É um crime contra a saúde da população.