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Posto do Médico de Família ‘por fora, é bela viola; por dentro, pão bolorento’

Escrito por Gilson Monteiro às 16:41 do dia 1 de dezembro de 2021
Sobre: Insalubridade à mostra
  • Médico de Família Ilha da Conceição
01dez

Médico de Família Ilha da ConceiçãoQuem passa pela porta do posto de saúde da Ilha da Conceição vê uma fachada pintada com as cores da atual gestão da prefeitura de Niterói. Mas como diz o ditado, se “por fora é bela viola, por dentro o pão é bolorento”. Infiltrações em quase todas as salas do posto do Médico de Família mostram paredes tomadas pelo mofo, criando um ambiente insalubre, ainda mais para os fins a que se destina o prédio.

Placas de gesso pendem do teto do posto de saúde que tem o nome pomposo de “Clínica Comunitária da Família da Ilha da Conceição”. Conta com consultório médico, ginecológico e odontológico, salas de coleta de sangue, vacina e curativo. Porém, médicos, funcionários e pacientes são obrigados a conviver com a situação de abandono. Quando chove, a água desce pelas luminárias, podendo acarretar grave acidente elétrico.

Se a realidade do posto da Ilha da Conceição é semelhante à de um pão mofado, para o prefeito Axel Grael ele é “bela viola”. Em maio, o prefeito vistoriou o que seriam obras de reforma que incluiriam “revestimento de piso e parede, acabamento, reforma do telhado, cobertura da parte externa, instalação de piso tátil fora e dentro da unidade e reforma da rampa”.

A unidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, presta atendimento a cerca de 6.500 pessoas. O Médico de Família da Ilha da Conceição conta com três equipes com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde.

A  prefeitura de Niterói não divulga o custo da obra do posto médico da Ilha da Conceição. Mas em novembro de 2019 o ex-prefeito Rodrigo Neves contratou a A.S. Espindola Construções e Reformas, pagando mais de R$ 156 mil, para a empreiteira “executar obras de acessibilidade” nessa clínica e em mais nove postos do Médico de Família (do Preventório, Badu, Morro do Estado, Santa Bárbara, Baldeador, Várzea das Moças, Jurujuba, Nova Brasília e Engenho do Mato).

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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