A saúde pública vai tão mal em Niterói que, para operar a vesícula, uma senhora de 89 anos precisou recorrer à Justiça. Internada dia 23 de agosto no Hospital Municipal Carlos Tortelly, com uma colicistite aguda (inflamação da vesícula biliar), Laudelina Barreto Azeredo teve o pedido de transferência para o Hospital Municipal Orêncio de Freitas, com indicação de cirurgia, atestado pela equipe médica em 28 daquele mês. Mas acabou falecendo no dia 7 de setembro, depois de somente ser transferida de um hospital para outro da mesma rede municipal por ordem judicial em 31 de agosto.
Incrível que um município do porte de Niterói, que projeta a compra de 40 ônibus elétricos por cerca de R$ 80 milhões, para “empréstimo” a empresas particulares de transporte público, conte com uma rede de saúde tão roda presa. São recorrentes as queixas de pacientes à espera de tratamento, sentados em cadeiras ou com cirurgias adiadas, principalmente no Carlos Tortelly.
O prefeito Axel Grael anuncia que vai comprar a frota de ônibus elétricos a serem entregues por comodato aos consórcios Transnit e Transoceânico, preocupado com o marketing eleitoral. Diz que os veículos com zero emissão de gases vão despoluir o ar em Niterói.
Só que Grael está deixando pessoas morrerem nos hospitais municipais por falta de assistência médica. Pacientes com câncer e os que necessitam de hemodiálise estão ameaçados de terem o tratamento suspensos, porque o secretário de Saúde, Rodrigo de Oliveira, não repassa há meses o dinheiro recebido do Ministério da Saúde para as clínicas de radioterapia e de hemodiálise.
Radioterapia e hemodiálise podem parar sem pagamento
Os 80 pacientes com câncer atendidos pela Clínica de Radioterapia Ingá estão preocupados que seu tratamento seja interrompido porque a Prefeitura de Niterói não paga, desde julho, a verba repassada pelo SUS.
A situação das clínicas de hemodiálise é pior, porque não recebem a fatura desde abril, apesar de o Ministério da Saúde ter creditado ontem o dinheiro do mês de agosto.
O hospital Carlos Tortelly, no Bairro de Fátima, é um dos que se encontram em pior situação. Enfrenta como outros da rede municipal de saúde, a falta de medicamentos, leitos e equipamentos. Sobra apenas a dedicação de funcionários e médicos, que sofrem ao ver o descaso das autoridades. Há sete anos, para inaugurar o que dizia ser a reforma da emergência do Carlos Tortelly, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) conseguiu emprestados da Sociedade Beneficência Portuguesa de Niterói 15 camas de CTI com colchão; 12 mesas inox de refeição; três suportes inox de soro; três biombos e até mesmo seis lixeiras plásticas que não devolveu até hoje.
Em outubro de 2020, dias antes de eleger Grael como sucessor, o ex-prefeito Rodrigo Neves inaugurou um centro de diagnóstico por imagem no Carlos Tortelly. Mas apesar dos novos aparelhos de radiologia digital, tomografia computadorizada, endoscopia, ecocardiografia e ultrassonografia, o hospital não pôde operar dona Laudelina agora. A senhora precisou esperar por uma ordem do Juizado Especial Fazendário para ser transferida para o Orêncio de Freitas, onde morreu com septicemia dias depois.
GRAEL PINEL – PELO O BEM DO POVO DE NITERÓI E FELICIDADE GERAL DAS FAMÍLIAS … DIGA AO POVO QUE VOCE VAI RENUNCIAR…,SOME MALUCO! … QUE LOUCURA/MALUQUICE.DOIDEIRA VOCES ESTÃO FAZENDO NA ORLA DA PRAIA DE PIRATININGA…ISSO NÃO EXISTE! ! VAI FERRAR O RODRIGO QUE TE ELEGEU,POIS VOCE NÃO TEM CAPACIDADE MÍNIMA DE ADMINISTRAR NADA!
Injusta a matéria. O prefeito atua de forma autorizada e Niterói e referência também em saúde.
Prezado “REFERENCIA NA SAÚDE ” ???? O Sr. não mora pelo jeito na Região Oceânica , cujo o único hospital publico da região com mas de 60 mil moradores é o H. Municipal Mario Monteiro , que só possui médicos clínicos plantonista , sem nenhum medico com especialidades típicas de emergências cardíacas e ortopédicas !!!! Para agravar a situação nem sequer possui uma única ambulância para deslocamentos para outros hospitais de casos graves !!! Por fim lembro ao prezado que a distancia média entre a R.O. e outros hospitais de Niterói e de SG varia de entre 20 minutos para Niterói e 1 h para o H. Alberto Torres em SG , tempo suficiente para matar um ser humano de parada cardíaca ou hemorragia grave !!!
Referência??? Você não deve ter familiar que necessita tratar câncer com radioterapia ou que seja portador de doença renal crônica. Simplesmente o prefeito e seu secretário de saúde não repassam a verba carimbada para as unidades de hemodiálise e radioterapia há meses. Se a hemodiálise parar haverá uma verdadeira catástrofe.
A prefeitura ao invés de se preocupar com a saúde do cidadão só executa obras de canteiros e ciclovias além de programar a compra de ônibus elétricos. Isso é crime de responsabilidade. Espero que o ministério público faça alguma coisa.
Com todo o respeito , o Prefeito de Niterói parece que não entendeu que ele não é só ecologista e sim administrador da cidade !!!!
Na Região Oceânica temos um hospital municipal chamado Mario Monteiro que sequer tem médicos cardiologista de plantão e de outras especialidades fundamentais a uma emergência !!! Também não tem uma única ambulância com UTI para deslocamento em casos graves !!! Os demais hospitais aparelhados estão no Fonseca ou no município de São Gonçalo ( H. Alerto Torres ) !!!
A cidade não tem uma única obra relevante em execução e até algumas paralisadas como a drenagem , meio fio e asfalto no Maravista e o Engenho do Mato , muito diferente do passado recente !!! Só se vê inauguração de pequenos trechos de ciclovias e agora compra para as empresas de viação ônibus elétricos !!!!
O que menos importa para os autoproclamados “humanistas ” são os humanos de fato…
Absurdo tudo isso !!! Que falta de humanidade. É mt descaso com o cidadão. Revoltante !!!
A equipe médica também falhou feio, pois a Dona Laudelina não tinha nehum problema de vesícula e sim uma infecção urinária. Acabou morrendo com sepsi urinária e pneumonia. Ela ficou dias sem comer ou beber água, aguardando a tal cirurgia. A equipe médica do HMCT é tão competente quanto a administração do hospital acima citado. Eu sou filha da dona Laudelina. Além do luto me restou a revolta com o descaso por um ser humano tão vulnerável e incapaz de qualquer ato de defesa.
Senhor Prefeito, com todo respeito, vamos esquecer os ônibus e investir de verdade na SAUDE ???
Com certeza a população de Niterói vai lhe agradecer .
O prefeito mente quando afirma que os ônibus elétricos vão melhorar a qualidade do ar e que o preço de cada um é R$ 2 milhões.
O burocrata do ambiente que se elegeu prefeito e gosta de ser chamado de ambientalista mente quando afirma que os 40 ônibus que quer comprar vão despoluir a cidade. Afinal, o maior poluidor é o cano de descarga de automóveis e o túnel Charitas-Cafubá aumentou o número de fontes móveis circulando na cidade. Esses 40 ônibus elétricos corredpondem a apenas 5% da frota de ônibus circulante do município, que por sua vez é pouco mais de 10% do total de veículos que passam nas principais vias. Portanto, eliminar a emissão de poluentes de 5% de 10% dos veículos da cidade equivale a aproximadamente 0,5% da quantidade total de emissão de poluentes atmosféricos. Muito menor do que o próprio erro estatístico de estimativas de poluição. Esse prefeito tem que tomar vergonha na cara e cumprir a promessa de seu antecessor de aumentar a participação dos ônibus e catamarãs na matriz de transporte. Isso, sim, baixaria a poluição atmosférica e melhoraria o nível de serviço das vias. As duas canaletas exclusivas para ônibus do corredor Transoceânico, as estações do BRT e o terminal aquaviário de Charitas estão ociosos, com grande subutilização. E foram gastos no corredor quase MEIO BILHÃO DE REAIS. Rodrigo Neves e esse secretário de mobilidade inepto deveriam responder por improbidade administrativa por terem induzido a uma operação do sistema de transporte ineficiente quando abandonaram o Plano Lerner, isso, sim. E se esse burocrata do ambiente insistir nessa palhaçada de ônibus elétrico com o único intuito de fazer campanha mídiático-eleitoreira também deveria responder por improbidade. Ele mente também quando afirma que pagará R$ 2 milhões por cada ônibus. As baterias não duram 8 anos e custam 60% do preço do ônibus. Portanto, cada ônibus sairá – a preços atuais – por R$ 3,2 milhões. Ocorre que nos últimos 2 anos, o preço dos veículos passou de R$ 1,2 milhões para R$ 2 milhões, conforme o próprio prefeito anuncia. Se esse aumento se mantiver, de 67% a cada 2 anos, ao final de 8 anos a bateria sairia por R$ 9 milhões e o preço total de cada ônibus por R$ 11 milhões. Cadê o Ministério Público?