Com a pandemia e a longa paralisação das missas e cultos em todos os templos religiosos, católicos e evangélicos, a igreja Lagoinha, que ocupa um casarão em Charitas, vai se mudar para uma tenda armada em um terreno em Piratininga. Bairro onde recentemente adquiriu uma área de 17 mil metros quadrados para construir seu novo templo, ao do hospital Mario Monteiro.
Com a queda de arrecadação da contribuição de seus fiéis, a Lagoinha não está suportando pagar o aluguel de Charitas, de cerca de R$ 150 mil, e pagar a construção do novo templo na estrada Francisco da Cruz Nunes. Na tenda de Piratininga, quando for permitido retomar os cultos religiosos, a Lagoinha vai receber cerca de três mil seguidores.
Os fiéis oram para que as igrejas voltem logo à normalidade. Todos sentem falta do convívio de amizade, fé e esperança.
Padres católicos veem famílias mais unidas
Com as missas suspensas em Niterói, em atenção às recomendações de evitar aglomerações para conter a disseminação do coronavirus, padres contam como está sendo vivido esse período de isolamento.
Padre Wallace, da Catedral de São João Batista, no Centro de Niterói, diz que sofre muito “a ausência do povo de Deus na administração dos sacramentos, sobretudo a eucaristia”, mas ao mesmo tempo se alegra “ao perceber uma oportunidade para as famílias estarem mais unidas, vivenciando uma nova expressão de fé: a igreja doméstica”.
Padre Carmine, da paróquia de São Judas Tadeu, em Icaraí, diz que “manter as igrejas fechadas e ficar sem o contato pessoal, direto, “olho no olho”, não tem sido fácil. Mas posso dar testemunho de um grande crescimento do sentimento de comunidade, da sede de Cristo que todos estão sentindo, da percepção cada vez mais profunda do que é ter os sacramentos e viver a fé com os irmãos… E vejo o quanto estão se enamorando da Igreja, ainda mais. E se percebendo Igreja viva, em missão. O quanto a Igreja Doméstica se fortaleceu…”