A internet mais uma vez é um grande trunfo para os de menores recursos, apesar das recentes modificações do Facebook, que só replica posts para dentro da própria comunidade dos seguidores que os publicam, exigindo pagamento para ampliar essa rede – o que é inadmissível pela legislação eleitoral. Nessa campanha feita pela internet viu-se em candidatos estreantes boa oportunidade de o eleitor renovar a política, aposentando os velhos caciques.
Quem tem poder, como se viu até o sábado anterior ao pleito, botou seu bloco de comissionados na rua agitando bandeiras. O ex-petista candidato à reeleição Rodrigo Neves foi quem teve maior visibilidade pelo contingente de funcionários obrigados a segurar bandeirolas ou distribuir santinhos.
Neves também abriu seu saco de bondades antecipando o pagamento de cerca de R$ 200 milhões da folha dos servidores ativos e inativos, antes agendado para acontecer somente depois das eleições. Também comprou bastante asfalto para dar uma tapeada em ruas principalmente de comunidades onde pretendia conquistar votos com mais facilidade, tais como travessas do Cubango e até a principal ladeira de acesso ao Morro do Palácio.
Neste vale-tudo, quem acaba perdendo sempre é o eleitor que vota por votar ou aquele que falta à eleição ou vota em branco. Os políticos donos de currais eleitorais, os que trocam favores ou empregos por votos levam vantagem com a redução dos votos válidos, os únicos que contam para definir o resultado que no meio da noite deste domingo todos conhecerão.
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