A novela da Unimed ganhou mais um capítulo, deixando beneficiários da rede de saúde suplementar em suspense sobre o final da trama. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) confirmou nesta segunda-feira (10) que a Unimed do Brasil assumirá integralmente, a partir de 1º de dezembro, a responsabilidade pelo atendimento dos pacientes da Unimed Ferj. Mas afinal, essa medida vai satisfazer os beneficiários — os verdadeiros mantenedores do sistema?
A decisão ocorre em meio a um cenário de colapso: pacientes da Unimed Ferj (oriundos da Unimed Rio, residentes em Niterói) que não vêm sendo atendidos em clínicas e hospitais credenciados estão sobrecarregando o Hospital de Itaipu, da Unimed Leste Fluminense. A situação escancara a falência operacional da cooperativa médica carioca, que vem se arrastado crise após crise financeira.
Embora a Unimed do Brasil não seja uma operadora de planos de saúde — sua função é institucional e representativa —, a ANS determinou que ela assuma a assistência médica, hospitalar e de urgência dos beneficiários da Ferj.
A ANS garantiu que não haverá interrupção nos atendimentos durante o processo de transição e prometeu vigilância intensiva: reuniões semanais e canais diretos de comunicação com consumidores, profissionais e prestadores de serviço foram anunciados como parte do plano de contingência.
No entanto, a intervenção, embora emergencial, expõe um problema crônico do setor: a falta de mecanismos preventivos para evitar que operadoras entrem em colapso e deixem milhares de usuários desassistidos. A pergunta que fica é: por que a ANS esperou o sistema ruir para agir?
Além disso, pairam dúvidas sobre a efetividade da medida. Não está claro se a Unimed do Brasil atuará diretamente como operadora ou se delegará a função a outra cooperativa, como a Central Nacional Unimed. Tampouco há garantias sobre a manutenção da rede credenciada, continuidade de tratamentos em curso — especialmente os oncológicos — ou mudanças nos contratos e mensalidades.
A Unimed Ferj acumula dívidas bilionárias com hospitais e prestadores, que não foram incluídas no acordo. Médicos cooperados relatam atrasos nos pagamentos e recusam atendimentos, o que compromete diretamente a assistência aos beneficiários. A insatisfação cresce entre os usuários, que sustentam o sistema com seus pagamentos e agora enfrentam incertezas sobre o futuro da cobertura.
A crise da Unimed Ferj é mais do que um episódio isolado: é um alerta sobre a vulnerabilidade estrutural da saúde suplementar no Brasil. Sem transparência, responsabilidade e fiscalização, o modelo cooperativista corre o risco de se tornar insustentável — e quem paga a conta são os pacientes.
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Diá 07 de novembro estive no Espaço Cuidar Bem para receber medicação Aromasin . Não havia a medicação. Sem previsão de entrega . Paciente oncológica que necessito de tratamento contínuo.