Teixeira era de uma simplicidade franciscana. Dono de texto primoroso tinha o coração maior do que o Maracanã, estádio aonde sua voz forte e seu comentário inteligente chegaram aos ouvintes e telespectadores espalhados por todo o mundo. Anos depois ele lançou o livro “Marcanazo”, contando os bastidores da derrota do Brasil para o Uruguai, na Copa de 1950, no Rio de Janeiro.
Com uma indenização que recebeu do jornal Estado de São Paulo, montou um colégio no Trevo de Piratininga — o São Marcos – oferecendo um ensino moderno e que tinha aulas de português e leitura como pontos altos. Ocorre que seu coração generoso começou a dar desconto e bolsas de estudos a toda mãe que fosse lá choramingar dificuldades. Resultado: acabou tendo que vender a escola por um preço a perder de vista. Não recebeu e precisou entrar na justiça, que é lenta e cujas leis protegem maus pagadores, como alguns donos de estabelecimentos de ensino que se escudam em brechas na legislação para dar calote. Morreu sem ver a grana, pois o processo que já se delonga há mais de duas décadas ainda enfrenta numerosos recursos apresentados pelo réu.
Antes, havia vendido todos os seus bens para tentar salvar a vida do filho Marcos, talentoso musico vítima de um câncer. Agora vai ser enterrado ao lado dele, sem deixar patrimônio financeiro para os netos, mas sim uma vida de dignidade e honradez, tudo o que um homem deve ter na terra. Vai fazer muita falta.
A última foto de Teixeira Heizer é dele ao lado do goleador botafoguense Amarildo, na noite de lançamento do livro “A outra história de cada um”. Eram dez da noite. Ele iria jantar com os amigos depois dos autógrafos, mas desistiu dizendo sentir-se muito cansado. Pegou um ramo de flores que havia em cima da mesa e disse: “Este é o presente que eu mais gosto de receber”. Pegou o carro da filha na porta da Livraria Travessa, em Ipanema, e se despediu com o ramo de flores na mão. No dia seguinte, foi internado com problemas cardíacos que acabaram lhe tirando de campo ontem.
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