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TCE cobra gastos milionários e sem controle com o Hospital Oceânico

Escrito por Gilson Monteiro às 16:51 do dia 13 de abril de 2022
Sobre: Contas contaminadas
13abr
Hospital Oceânico
TCE cobra exatidão das contas apresentadas pelo gestor do Hospital Oceânico

Os gastos milionários e sem controle da Secretaria de Saúde de Niterói com a gestão do Hospital Oceânico, para o tratamento de Covid, foram apurados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Como resultado de auditoria sobre a contratação da OSC Viva Rio para cuidar do hospital por R$ 58,6 milhões, durante seis meses, o órgão está cobrando explicações do secretário Rodrigo Oliveira para o que também encontrou como superfaturamento de material e de insumos.

A relatora do processo, conselheira Andrea Siqueira Martins, deu 15 dias para Rodrigo Oliveira apresentar sua defesa. A auditoria concluiu que a transferência de gestão do hospital para uma organização da sociedade civil (OSC) foi feita sem seleção e que sua gestão ficou sob fiscalização precária do Município. O TCE aponta a fragilidade na comprovação das contas da Viva Rio e fiscalização precária feita pela secretaria de Saúde.

Leia: Funcionários do Orêncio de Freitas impedem canibalização do hospital

O relatório do TCE reconhece que a pandemia de Covid-19 exigia respostas imediatas do administrador público, mas aponta ter havido “publicização (divulgação) da gestão do Hospital Oceânico ilegítima, uma vez que a motivação de transferir os serviços de saúde para uma organização jurídica sem fins lucrativos (a Viva Rio) não foi apresentada”.

A Secretaria de Saúde de Niterói deixou de apresentar estudos técnicos “capazes de demonstrar, de forma inconteste, que a contratação pretendida resultaria em menor custo e maior eficiência na prestação dos serviços de saúde para a população”.

A conselheira Andrea Martins cobra de Rodrigo Oliveira porque Niterói, antes de contratar a Viva Rio, deixou de verificar a situação financeira da OSC e por que também se omitiu “diante de contas sem as pesquisas de preço realizadas sobre as compras e contratações de serviços e pessoal”.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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3 thoughts on “TCE cobra gastos milionários e sem controle com o Hospital Oceânico

  1. Essa organização viva rio e uma porcaria, trabalhei em um concurso , que teve para contratação de funcionários , para trabalharem em duas upas. Tem mais de um ano, e até agora ninguém recebeu por este serviço. Viva rio, junto com o ibade. Um valor mínimo não paga, imagina o que está fazendo com dinheiro a vontade

  2. Boa noite! E um absurdo o que está acontecendo do com a saúde em Niterói, estamos humilhados diante da precarização do trabalho e a demissão em massa que aconteceu com o fim dos contratos do PMF ,da Saúde Mental,Rpas e Ist (AIDS). Sem contar que os postos de saúde da família mesmo sob nova gestão continuam sem os insumos básicos.

  3. Enquanto isso, os funcionários contratados da saúde tiveram seus salários reduzidos em 4,5%! Pessoas que dão o sangue pelo trabalho, mas que não têm o mínimo de respeito por parte desses…

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