Antes de Niterói, o município vizinho Maricá já havia anunciado a compra de 500 mil doses da vacina russa. Na segunda-feira (12), o prefeito Fabiano Horta recebeu comunicado da Anvisa não autorizando a importação da Sputnik V. O órgão disse que a certificação do imunizante feito apenas pelo próprio país de origem (a Rússia) não comprovaria “o atendimento aos padrões de eficácia, qualidade e segurança exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”.
Horta disse, através do site da prefeitura de Maricá, que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para importar a Sputnik. Antes dele, governadores e prefeitos do Consórcio do Nordeste, criado para a compra de 37 milhões de doses da Sputnik, já havia representado ao STF contra a Anvisa.
A vacina do Instituto Gamaleya é baseada no adenovírus do resfriado humano. Segundo dados publicados na revista The Lancet, tem 90% de eficácia. Foram analisados dados de 19,8 mil voluntários. Os pesquisadores identificaram um “excelente perfil de segurança”, com reações adversas leves e sem registros de alergias fortes.
“Os resultados intermediários do ensaio clínico de fase 3 da vacina de vetor de adenovírus Sputnik V são bastante impressionantes”, afirmou o diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) da França, Cecil Czerkinsky. “Esta vacina parece ser altamente eficaz e imunogênica em todas as faixas etárias”.
A Sputinik, no entanto, encontra problemas de fabricação de seus componentes e a escassez de equipamentos de biotecnologia. Até a primeira quinzena de março, as fábricas russas produziram 20 milhões de doses, segundo o Ministério da Indústria. Moscou tenta acelerar o processo em cooperação com outros laboratórios russos, da Índia, Coreia do Sul, Cazaquistão e da China.
A campanha de imunização na Rússia até o momento conseguiu vacinar com duas doses apenas 3,32% da população de 145 milhões de habitantes. Segundo o Ministério da Saúde russo, 4,74% receberam a primeira dose produzida pelo Instituto Gamaleya de Moscou.
A Sputnik está aprovada por quase 60 países – incluindo México, Argentina, Sérvia e Hungria. Mas ainda se encontra em processo de revisão pela Agência Europeia do Medicamento.
Na Eslovaquia, país membro da União Europeia, autoridades sanitárias reclamaram que as 200 mil doses enviadas por Moscou apresentaram características diferentes das revisadas pela revista científica ‘The Lancet’. O Fundo Russo de Investimento Direto (que cuida da exportação da vacina) acusou na semana passada o SIDC (agência eslovaca do medicamento) de “sabotagem”. A Rússia exigiu que Bratislava devolva as 200 mil doses para que sejam oferecidas a outro país. Neste imbróglio, a compra da Sputinik por Bratislava levou à demissão do primeiro-ministro eslovaco, Igor Matovic.
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