Em defesa da Lagoa de Piratininga, ambientalistas e associações de moradores da Região Oceânica realizam domingo, 17/12, às 9h, um ato público para chamar atenção para o estado de degradação que ela se encontra. “Ligações clandestinas de esgoto e assoreamento deixam a lagoa com aparência horrível e um cheiro insuportável”, dizem organizadores do manifesto.
Em 2013, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, assumiu com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a gestão do sistema lagunar de Piratininga, mas nada fez desde então pela sua conservação e, agora, pretende anunciar um projeto de urbanização dos nove quilômetros de seu entorno, gastando R$ 10 milhões em paisagismo e infraestrutura.
Os organizadores do movimento SOS Lagoa lembram, no entanto, que nas últimas décadas foram feitas diversas ações, como uma ciclovia para demarcar a orla, a construção da comporta do Camboatá, a abertura de um túnel em rocha e a comporta no Tibau e a implantação de uma rede de esgoto na bacia de Piratininga. Mas essas melhorias não tiveram manutenção nos últimos seis anos, deixando a lagoa chegar ao estado deplorável em que se encontra hoje.
Para alertar as autoridades e mobilizar a comunidade do entorno da lagoa, o CCRON (Conselho Comunitário de Região Oceânica) se uniu ao movimento GAP (Grupo de Ação Popular), ao SOS Lagoa, à Amaf (Associação de Moradores da Fazendinha), Puma (Piratininga Unida Moradores Associados), Amjo (Associação de Moradores do Jardim Oceânico) e AMJI (Associação de Moradores do Jardim Imbuí).
A concentração será às 9h na praça em frente ao campo de pouso de parapente no Cafubá, na esquina das Avenidas Paulo de Melo Kale, Francisco Barcelos e Francisco Gabriel de Souza Lobo com a via Chico Xavier (Ciclovia de Piratininga). Depois do evento será feita uma caminhada na trilha da Ilha do Pontal, que fica dentro da Fazendinha.