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Sem receber, funcionários param o hospital Getulinho

Escrito por Gilson Monteiro às 16:43 do dia 4 de janeiro de 2016
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04jan

Com salários atrasados, funcionários do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, Zona Norte de Niterói, paralisaram o atendimento na clínica médica na manhã desta segunda-feira e prometem fazer greve geral se até a próxima sexta-feira não tiverem a situação regularizada. Reclamam que a organização social Instituto de Desenvolvimento Institucional e de Ações de Saúde (Ideias), que administra o Getulinho através de um contrato de R$ 92 milhões assinado em outubro de 2013 com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), não dá satisfação aos médicos, enfermeiros e pessoal de apoio. A direção diz apenas que a prefeitura está atrasando o pagamento mensal devido a Ideias. O contrato prevê repasses mensais de R$ 2,6 milhões, mas o último nesse montante foi feito no dia 18 de novembro. Em dezembro a FMS repassou apenas R$ 300 mil no dia 28 de dezembro, segundo dados do portal da transparência da prefeitura. Os funcionários da limpeza não receberam o 13° salário, mas estão em situação pior os que trabalham no laboratório, sem salário desde novembro. Eles pretendem parar de trabalhar na sexta-feira, se até lá não tiverem o pagamento atualizado. Em outubro, o laboratório já havia paralisado a realização de exames clínicos e enfermeiras foram obrigadas pelo instituto gestor do hospital a fazer a coleta de material, mas com pouco pessoal os resultados atrasavam demais. A direção da Ideias conversou com um grupo de funcionários, anotou o nome de todos e disse que aqueles que estavam protestando tinham acabado de dar um tiro no próprio pé, como uma ameaça de represálias. A propalada reabertura do Getulinho, carro-chefe das promessas de campanha do prefeito petista Rodrigo Neves, até hoje não passou do funcionamento da clínica pediátrica instalada ao lado do canteiro de obras do hospital, que é administrado pela OS Ideias. Como não tem CTI nem centro cirúrgico, o Getulinho engrossa a fila de espera por cirurgias no hospital Orêncio de Freitas, no Barreto, que já tem mais de 1.800 pacientes adultos e crianças aguardando a vez.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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