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Sem ortopedistas e sem material, Niterói manda crianças para São Gonçalo

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Hospital Getulinho, da prefeitura de Niterói, recusa atendimento de crianças com perna quebrada, entorses ou luxações

Hospitais de Niterói mandam crianças com trauma ortopédico para serem socorridas em São Gonçalo. Se uma criança quebrar uma perna, ou sofrer qualquer tipo de trauma que dependa de um ortopedista da rede pública de saúde em Niterói, só encontrará atendimento em São Gonçalo.

Há um mês o Hospital Estadual Azevedo Lima suspendeu o socorro a traumas pediátricos. E a organização de saúde Ideias que este ano está recebendo R$ 56,3 milhões da prefeitura de Niterói para administrar o Hospital Infantil Getulio Vargas Filho, o Getulinho, não tem material para fazer simples suturas.

A informação dada aos pais das crianças é de que o Getulinho está sem material e que nem todos os pediatras fazem o atendimento de traumas. Num ato inconsequente a direção do hospital administrado já afastou cinco experientes e competentes cirurgiões pediatras do quadro da Secretaria Municipal de Saúde, para contratar médicos temporários e a Ideias ter mais lucro.

A situação é relatada por uma mãe que escreveu o seguinte para a Coluna: “Os hospitais e policlínicas de Niterói estão sem médicos e ortopedistas. Minha filha torceu o pé e levei ao Getulinho, lá fomos atendidas e informadas que em Niterói toda não há ortopedista. Precisei ir ao hospital do Colubandê, em São Gonçalo. A médica que nos atendeu no Getulinho disse que o salário dos médicos foi diminuído e está atrasado. E o nosso prefeito fazendo shows…”

Por sua vez, um pediatra do Azevedo Lima conta que até um mês atrás o hospital estadual tinha o serviço de trauma pediátrico, com ortopedista, cirurgião, neurocirurgião e bucomaxilo. “Atendíamos todas as crianças vítimas de trauma da região. Porém, a nova direção do hospital simplesmente resolveu acabar com o serviço de um dia para outro. Atualmente, uma criança aqui de Niterói, vítima de trauma, não tem atendimento. Precisa ir até São Gonçalo para ter atendimento no Alberto Torres, inclusive para algo simples como uma sutura”, diz o médico.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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