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Sanduba do Marcelo é tradição nas praias de Niterói há quase quatro décadas

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Marcelo vende seu sanduíche e o mate há 39 anos nas praias oceânicas de Niterói / Foto: Filipe Aguiar

É difícil encontrar quem ainda não provou o Sanduba do Marcelo, principalmente quando o estômago começa a roncar na praia. É vendido em Niterói há 39 anos nas areias de Itacoatiara, Camboinhas e Piratininga.

Eles são de chester e frango, com dez recheios de sabores diferentes, sendo que o tradicional continua imbatível e leva frango, ovos, maionese, cenoura e batata palha. Para acompanhar, um copo de mate natural.

O refrão continua o mesmo: “Olá, meu amiguinho! Sanduíche natural e mate?”. Bordão repetido desde quando Marcelo Tavares Costa, com 17 anos, passava pelos banhistas oferecendo seus produtos em Camboinhas.

Nessa época vendia 30 sanduíches por dia. Hoje a sua Fábrica do Sapê produz dois mil sanduíches por dia em finais de semana de verão. A marca atua com vendedores até na praia da Barra da Tijuca e atendendo em outras áreas da cidade pelo IFood.

Marcelo diz que sua maior preocupação foi sempre oferecer um sanduíche natural com produtos de primeira e contendo proteína, além de um cardápio que agrade a todos os paladares das tribos praianas.

Ainda tem os ingredientes padrão que garantem a personalização como azeitona e ovo de codorna, que complementam sabores diferentes. Diz também que seu mate tem um diferencial e explica que o segredo está no tempo da infusão para garantir a cor âmbar, além de o limão e o açúcar serem colocados na medida certa.

Marcelo conta que o sucesso do seu sanduíche e do mate se deve à família que sempre esteve unida nesse projeto que foi crescendo pouco a pouco. Sua mãe, a esposa, irmãos e filhos, cada um desempenha papel importante no processo, desde a quentura do fogão na cozinha ou colocando o pé na areia sob um sol escaldante.

Marcelo Tavares Costa, hoje com 58 anos, é o menino que perdeu o pai aos sete anos de idade, desceu as escadas do Morro Souza Soares e subiu na fama como o Rei do Sanduíche. Ele merece todas as homenagens da terra do cacique Arariboia.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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