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Rombo de R$ 20 bi pode afetar comércio de Niterói ancorado na Americanas

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A Americanas, inaugurada em 1929 em Niterói, trazendo tanta expectativa alvissareira para o comércio e consumidores da cidade, hoje, 94 anos depois, com nove lojas na cidade, começa a preocupar pelo desemprego e crise econômica que possa causar aos negócios niteroienses ancorados nessa companhia, depois que anunciou um baque financeiro de R$ 20 bilhões.

Desemprego e crise financeira poderão ocorrer não somente intramuros, mas afetar seus fornecedores, e, ainda, a vizinhança dos pontos comerciais que ocupa na cidade. Em Niterói a Americanas tem três lojas âncoras no Plazza Shopping, Itaipu Multicenter e no Bay Marketing, além de outras nas Ruas Visconde do Uruguai, no Centro; Paulo Gustavo, Gavião Peixoto e Avenida 7 de Setembro, em Icaraí; na Rua Santa Rosa e mais duas na Região Oceânica, em Piratininga e Itaipu.

Para um veterano do varejo brasileiro, o que acontece com a Americanas não é dramático apenas para os acionistas e credores. “Coitados dos pequenos e médios fornecedores que sempre foram explorados com grandes prazos de pagamento e no vencimento recebiam com 30 ou 60 dias sem juros. Agora não vão receber por um tempo grande: quebrarão”, prevê o analista.

Mas, afinal, a Americanas vai fechar, falir ou vai sobreviver? Ainda não é possível saber o destino da empresa que tem 3.601 lojas no Brasil, empregando cerca de 40 mil funcionários. De concreto, até agora, é que na sexta-feira (13) a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro atendeu o pedido de tutela de urgência cautelar feita pela Americanas. A medida impede que ativos da empresa sejam bloqueados a pedido de credores, por exemplo. A varejista também fica desobrigada de pagar suas dívidas até que um eventual pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça.

Embora a companhia tenha afirmado que sua tutela de urgência não implica num pedido de recuperação, a hipótese não está descartada. De acordo com analistas, uma recuperação judicial tem prazo médio de três anos, mas o período pode ser maior. O caso da OI, por exemplo, durou seis anos.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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