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Rodrigo quer viajar para Portugal, apesar de dizer que vive endividado

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Rodrigo Neves, a poucos dias de deixar o cargo, réu em processo criminal que já lhe custou três meses de detenção, está requerendo ao 3° Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça a devolução de seu passaporte. Diz que foi convidado para fazer um curso de janeiro a julho de 2021, na Universidade de Coimbra, em Portugal.

A pergunta que fica no ar é sobre como o daqui a quatro dias ex-prefeito de Niterói pretende se manter em terras lusas. Pretenderia viajar com a cara e a coragem? A partir do dia 1° ele deixará de receber subsídios de R$ 29 mil mensais. O convite da Universidade de Coimbra não fala em concessão de bolsa de estudo. Rodrigo também está desde fevereiro com seus bens bloqueados pelo juízo da 3ª Vara Cível de Niterói.

Desde então, vem alegando nada possuir, além do apartamento em que mora com a família, no bairro Santa Rosa. E para sustentar a tese de que nada tem, já mostrou contas bancárias no “vermelho” em posts nas redes sociais.

Desde fevereiro, a defesa de Rodrigo Neves vem pedindo, sem sucesso, a liberação de seu passaporte e permissão   para viajar. Além de ele ser réu nesse processo no 3° Grupo de Câmaras Criminais do TJ, denunciado por corrupção ativa e passiva no caso da propina que teria recebido de empresas de ônibus, Rodrigo responde a muitas outras ações na Justiça Estadual.

Recentemente, foi alvo de busca e apreensão em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal, que tramita no Tribunal Federal Regional (TFR-2). É acusado de formação de quadrilha, corrupção, fraude em licitações e estelionato.

Procedimento investigatório do MPF apurou fraude na contratação de agência de publicidade e em obras da Transoceânica, além de suborno de ex-conselheiros do Tribunal de Contas do Estado para aprovar as licitações.

Ao denunciar Rodrigo Neves na Justiça Federal, o MPF pediu a condenação do prefeito de Niterói a mais de 50 anos de reclusão. Lembrando que o político está no final de seu segundo mandato, o MPF já requereu que o processo seja transferido do TRF-2 para a Justiça Federal em Niterói, assim que Rodrigo perder, no dia 1° de janeiro, o foro por prerrogativa de função. Pede também o MPF que seja fixado o valor mínimo de R$ 7 milhões para a reparação dos danos causados.

Da mesma forma, o processo que tramita no 3° Grupo de Câmaras Criminais do TJ deverá ser transferido para a Comarca de Niterói, com o fim da prerrogativa do cargo de prefeito.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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