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Rodrigo propôs criar mais 4 secretarias

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Com os royalties do petróleo jorrando cerca de R$ 1 bilhão este ano, Rodrigo Neves – prefeito de Niterói preso na manhã desta segunda-feira (10/12) por receber propina de empresas de ônibus – na sexta-feira enviou à Câmara de Vereadores projeto para a criação de mais quatro pastas: a Antidrogas, a de Defesa Civil e Geotecnia (que atualmente ocupa status de subsecretaria); e as de Administração Regional de Itaipu e Engenho do Mato e a de Santa Rosa.

O município já tem 48 pastas e órgãos com status de secretaria, acolhendo nomeações políticas em cargos comissionados que consomem grande parte do orçamento. Em 2013, eram 26 secretarias e autarquias. As administrações regionais hoje já são 14, consumindo 95% de seus orçamentos exclusivamente com o pagamento de funcionários comissionados.

Com a prisão do prefeito Rodrigo Neves, hoje (10/12), o presidente da Câmara de Niterói, vereador Paulo Bagueira, vai assumir o comando da prefeitura obedecendo a linha sucessória constitucional, uma vez que o vice-prefeito eleito, Comte Bittencourt, renunciara ao cargo em dezembro de 2017, preferindo manter seu mandato como deputado estadual, na ocasião.

Comte foi escolhido como vice-prefeito na chapa de reeleição de Rodrigo em 2016 depois que seu vice Axel Grael foi impedido de concorrer por estar inelegível por constar da lista de gestores públicos com contas irregulares no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Segundo o Tribunal, Axel Grael quando ocupou o cargo de presidente da Fundação Instituto Estadual de Florestas (IEF), de 1991 a 1993, ordenou despesas julgadas irregulares e foi condenado a reparar a lesão ao erário, o que evitava fazer apresentando seguidos recursos. Em 2015, no entanto, ele teve o nome inscrito na Dívida Ativa do Estado e teria que pagar 17.559,45 UFIRs (R$ 52.718,73).

Em março deste ano, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo de delação premiada do publicitário Renato Pereira com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O marqueteiro, entre outras denúncias, aponta fraude em um contrato de publicidade, pelo qual a agência Prole recebeu mais de R$ 60 milhões da prefeitura de Niterói.

O marqueteiro delatou que a licitação fora dirigida para que sua empresa vencesse, depois de haver participado da campanha de Rodrigo Neves à prefeitura de Niterói em 2013. As despesas do marketing político, disse Pereira, foram pagas com dinheiro de caixa 2, repassado por um esquema do ex-governador Sergio Cabral.

 

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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