Em seu último dia como prefeito de Niterói, Rodrigo Neves anunciou hoje (31/12) veto ao reajuste de 10% nos subsídios do prefeito e vice eleitos. Disse que resolveu isto “porque aqueles que propagam fake news já estavam atuando”. Manteve, o reajuste de 34% nos subsídios dos próximos secretários municipais, a partir de janeiro de 2022. O ato, no entanto, não foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do município, último dia de sua gestão.
Na quinta-feira (30/12), a Câmara de Vereadores havia aprovado o reajuste do primeiro escalão, mas para entrar em vigor somente em 2022. Rodrigo Neves disse em sua live, hoje, no Facebook, que não sancionou o projeto de lei na íntegra, depois que, “em comum acordo com o prefeito eleito Axel Grael e o vice-prefeito eleito Paulo Bagueira resolvemos vetar o artigo”.
Na opinião de Rodrigo Neves, o impacto que esse aumento iria provocar nos cofres públicos, teria “um efeito simbólico”. O impacto desse aumento seria de R$ 88,7 mil nas contas do município. Já com a nomeação de 45 secretários municipais (como está previsto na lei aprovada pelo Legislativo), o choque nas contas públicas será de R$ 3 milhões por ano.
Rodrigo comentou que seus subsídios estavam congelados desde quando assumiu a prefeitura em 2013. Em janeiro daquele ano, seu contracheque era de R$ 24.691,68. Os subsídios do prefeito anterior eram, em dezembro de 2012, de R$ 21.627,50. Ou seja, na largada Rodrigo Neves já iniciou o mandato com 14,17% de reajuste.
Hoje, ele encerra dois mandatos seguidos recebendo R$ 29.517,45. Em oito anos, seus subsídios foram reajustados em 19,5%, o mesmo índice total que os servidores estatutários receberam no período. Com uma diferença: até hoje o vencimento-base das carreiras do funcionalismo niteroiense está abaixo do salário-mínimo nacional. Um técnico de planejamento, por exemplo, recebe R$ 757,02 mensais.
Chama se quem tem tem medo!! Viu a revolução nas midias sociais!! Fanfarrão dissimulado!!