Somente agora, de olho no Palácio Guanabara, e eleito presidente do Conleste é que o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves reconheceu uma dívida da prefeitura com o consórcio formado por 15 municípios, no valor de R$ 1.024.948,76, referentes a mensalidades de 2008 a 2016. Metade delas vencidas e não quitadas durante seus primeiros quatro anos como prefeito de Niterói.
O Conleste foi criado em janeiro de 2007 para definir estratégias e atuação conjunta dos municípios que seriam impactados pelo projeto do polo petroquímico de Itaboraí, o Comperj, um megaempreendimento da Petrobras que desaguou na Operação Lava-Jato e que, de tão superfaturado que foi, está muito longe de sair do papel.
Atualmente, o consórcio é formado por municípios das regiões Leste, Baixada Litorânea, Baixada Fluminense, dos Lagos e Serrana: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Araruama, Saquarema, Guapimirim, Magé, Nova Friburgo e Teresópolis.
Teoricamente, a função do consórcio é discutir as necessidades de mobilidade urbana, habitação e saúde da região abrangida, e interferir pela articulação política regional para o planejamento e a gestão integrada de políticas públicas dos municípios consorciados. É ver para crer.
Rodrigo Neves está citado na Operação Lava-Jato e, como prefeito, tem contrato com empresa de empreiteiro preso pelo juiz Sérgio Moro. O fato foi reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), ao cassar na quarta-feira (26/10) uma liminar da 199ª Zona Eleitoral que proibia o adversário Felipe Peixoto de divulgar essa informação em sua campanha à prefeitura de Niterói. (https://colunadogilson.com.br)