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Rodrigo Neves fecha apoio do PL para a sua sucessão em Niterói

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Apesar de a população estar enojada de política e ainda faltar muito tempo para as eleições municipais, já começou em Niterói a barganha em troca de apoio à candidata ou ao candidato do prefeito Rodrigo Neves, a sua sucessão em outubro do ano que vem.

Estiveram no gabinete do prefeito, o ex-deputado federal Alexandre Santos e o atual Altineu Cortes, do PL, ambos moradores de Niterói. São duas velhas raposas da velha política fluminense que ali estavam para firmar uma aliança entre o PDT (partido que atualmente abriga Rodrigo Neves) e o PL, visando as eleições de 2020.

Mesmo depois da prisão preventiva acusado por corrupção, Rodrigo Neves é o único apoiador que tem muita coisa a oferecer. Sua caneta comanda 54 secretarias municipais, mais do que o dobro de ministérios do governo federal. São recheadas por muitas centenas de funcionários fantasmas. Além disso, a atual gestão dispõe de muito dinheiro proveniente da cobrança de um dos IPTUs mais caros do Brasil e dos milhões de reais que vem recebendo dos royalties do petróleo.

Rodrigo Neves participa desse esquema de poder em Niterói há mais de três décadas, desde que foi secretário de Assistência Social de Jorge Roberto Silveira. Passou, ainda, pela mesma secretaria estadual no governo de Sérgio Cabral, e também pela Assembleia Legislativa como deputado pelo PT. O partido de Lula continua enraizado na administração niteroiense, com gente graúda nos postos chave das secretarias, como a Executiva e a de Cultura, e nas de maior número de cargos comissionados: Educação e Saúde.

As outras dezenas de secretarias estão loteadas e entregues a partidos que prometem apoio ao candidato que Rodrigo vier a apontar como o seu indicado. A decisão final caminha na direção dos secretários Axel Grael e Giovanna Victer, para ciumeira dos demais pretensos candidatos ao cargo majoritário.

É cedo para saber como andará a cabeça do cidadão eleitor em outubro de 2020, quando ele vai escolher o próximo prefeito. Sem falar em outros ingredientes que pesarão nessa escolha, como a crise econômica, política e moral porque passa o Brasil e o mundo.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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