Depois da festa, a ressaca. O prefeito ex-petista Rodrigo Neves (PV) bateu bumbo ontem na inauguração da reforma da Unidade de Emergência Mario Monteiro, em Piratininga, na Região Oceânica, dizendo que tem feito mundos e fundos pela saúde de Niterói. Prometeu no discurso e até em seu perfil no Twitter que, a partir de hoje, o hospital funcionaria 24h por dia. Para isso gastara R$ 5 milhões em obras iniciadas em julho de 2014, previstas para serem entregues em dezembro de 2015.
Quem foi lá deu com o prédio vazio no início desta tarde de sexta-feira. Não havia ninguém na recepção, nem médicos, nem enfermeiros, nem nada.
Em outro endereço, o do hospital da Amil que fora alugado pela prefeitura para abrigar provisoriamente o Mario Monteiro durante as obras, um cartaz colado na porta de vidro informava que o atendimento já estava sendo prestado na unidade reformada. Neste jogo de empurra, os cerca de 250 pacientes/dia que são atendidos, em média, pela unidade (segundo informa a Secretaria Municipal de Saúde) foram obrigados a procurar atendimento na superlotada Policlínica do Largo da Batalha, em Pendotiba.
E aonde foi parar o pessoal lotado no Mario Monteiro? Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, ali devem trabalhar 30 médicos clínicos, dez pediatras, cinco cirurgiões gerais, um cirurgião plástico, dois cardiologistas, oito ortopedistas e mais 30 funcionários, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, de laboratório, de radiografia e até uma assistente social. Ao que tudo indica, os 84 receberam uma folga extra hoje.
Este ano, a Fundação Municipal de Saúde chegou a realizar processo de escolha para a contratação de uma organização social de saúde para fazer a gestão do Mario Monteiro. Mas ainda não contratou nenhuma, depois de adiar por mais de uma vez a escolha da OSS. Outro hospital, o Getulinho – que ainda está com o prédio em obras e atende crianças em contêineres – já consumiu mais de R$ 100 milhões dos cofres municipais pagos a organização social Instituto Ideias, nos últimos quatro anos.
É sempre assim, da mesma forma aconteceu com a poli-clinica do Largo da Batalha.
Jorge Roberto fez na maior correria para tentar emplacar seu sucessor, um predio grande e bonito por fora, mas inútil do lado de dentro.
ESTAMOS LASCADOS.
Devemos lembrar que a saúde também prevê saneamento básico, onde se deve atentar para o asfaltamento de ruas, principalmente das que já constam na prefeitura e, quando chove, ficam de lama pura.
Cada dia nos deparamos com mais motivos de indignação! Importante é não esgotar nossa capacidade de indignação e demonstrá-la nas eleiçōes!