A despesa com publicidade da prefeitura de Niterói aumentou em mais R$ 15 milhões, com a renovação do contrato com a empresa Prole pelo terceiro ano. Os gastos com a propaganda oficial, considerando-se os contratos assinados desde 2014 com a mesma empresa, e incluindo dois termos aditivos, chegará a R$ 50 milhões.
O repórter Samuel Castro, do jornal O São Gonçalo, destaca que “o inusitado do contrato é que Rodrigo Neves, apesar de ser candidato à reeleição, pode não ser reeleito em outubro e deixar a conta para o próximo prefeito pagar, com recursos públicos, do bolso dos eleitores”.
A reportagem “Um prefeito que vale R$ 15 milhões” mostra que com esse dinheiro a prefeitura de Niterói poderia pagar o salário de 1,4 mil professores municipais, durante oito meses, segundo avaliação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Ou também esta verba poderia ser gasta com a compra de 3,3 milhões de frascos de soro fisiológico, utilizados em hospitais da cidade, ou 1,03 milhão de latas de leite em pó fornecidas na merenda escolar.
A questão é: quais os instrumentos a sociedade niteroiense tem para impedir esse aditivo.
Afinal, além de desnecessário e absurdo, todo mundo sabe que os aditivos tem sido utilizados para esquemas fraudulentos: a empresa de comunicação ganha a licitação oferecendo um valor bem baixo – imbatível pelas concorrentes – e depois que vence a licitação começam os aditivos.
Se alguém souber o que pode ser feito, juridicamente, para suspender ou impedir esse aditivo, me diga, por favor.
Obrigado