Rock progressivo terá espaço fixo no Municipal de Niterói

A diretora Marilda Ormy anunciou que ano que vem o rock progressivo terá uma agenda fixa na pauta do Teatro Municipal de Niterói. Depois do sucesso avassalador da banda inglesa Renaissance e da holandesa Focus, semana retrasada, o teatro vai receber no dia 10 de novembro outra lenda do progressivo mundial, o grupo italiano Locanda Delle Fate. Para o ano que vem já estão sendo pesquisadas bandas do primeiro time mundial.

Formado em 1975, o Locanda Delle Fate mantém duas guitarras e dois teclados, e grande nível técnico. Toca progressivo sinfônico, ricamente arranjado e inspirado nos grupos ingleses.

Com o passar dos anos seu álbum de estreia “Forse le lucciole non si amano più” (1977) se tornou uma referência do progressivo italiano de inspiração clássica com o bom cruzamento entre teclados e segmentos vocais, como na longa música que dá título ao álbum, e ainda em “Profumo di colla bianca” e “Vendesi saggezza.”

Ouça o álbum na íntegra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=HUPh7eGQcvw

Quem comprar os ingressos até 30 de setembro tem desconto. Eles já estão a venda na bilheteria do Teatro, telefone 2620-1624 ou no Ingresso Rápido: https://ingressorapido.com.br/venda/?id=1893#!/tickets

Com essa brilhante decisão, o Municipal de Niterói se junta a centenas de teatros históricos no mundo, que desde o final dos anos 1960 incluem rock em sua programação, muitas vezes misturado a orquestras sinfônicas e filarmônicas. Em 1972, The Who e Orquestra Sinfônica de Londres gravaram no Royal Albert Hall, em Londres, a antológica versão clássica da ópera rock “Tommy”.

Não toca só progressivo, mas e todos os estilos. O centenário Royal Albert Hall,  recebeu o Led Zeppelin um show pesadíssimo em 1970, e até hoje programa bandas de todas as correntes do rock e blues. O próprio alemão Nektar já tocou no superlotado Municipal de Niterói, em 2005, num show que repercutiu mundialmente graças a vídeos espalhados em redes sociais.

O nosso Municipal está entre todos os teatros brasileiros no quesito acústica. Todos os grandes artistas que tocaram lá (Edgerto Gismonti, Turíbio Santos, Focus…) reconhecem isso. E a acústica é fundamental para o rock progressivo por causa das inúmeras variações de temas ao longo das músicas.