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Roberto Kant deixa um legado na antropologia e segurança pública

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Roberto Kant de Lima, deixa um legado notável como mestre e pesquisador / Foto: Claudio Salles

Niterói perde uma grande figura: o mestre da antropologia e ícone dos estudos sobre Segurança Pública no Brasil, Roberto Kant de Lima, que faleceu aos 80 anos na noite de ontem (19), no Hospital Niterói D’Or, vítima de câncer. O horário do velório ainda não foi informado, mas será realizado no crematório do Parque da Colina.

Gaúcho de nascimento, amigo e colega de turma do ex-presidente do STF e ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, Kant deixou Porto Alegre e escolheu Niterói para viver e se dedicar, com talento e paixão, ao magistério na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Em 2008, foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem Nacional do Mérito Científico, na área de Ciências Sociais. Graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), obteve mestrado em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado em Antropologia pela Harvard University. Posteriormente, realizou pós-doutorado na University of Alabama at Birmingham.

Enquanto a antropologia no Brasil se concentrava no estudo de indígenas e pescadores, Kant foi incentivado pelo renomado antropólogo Roberto DaMatta, também niteroiense, a aprofundar seus estudos sobre segurança pública nos Estados Unidos.

Se hoje as universidades brasileiras dedicam-se ao estudo da segurança pública, isso se deve aos trabalhos pioneiros do professor Kant. Ele possuía vasto conhecimento na área de teoria antropológica, com ênfase em método comparativo, antropologia do direito e da política, processos de administração de conflitos, produção de verdades e antropologia da pesca.

O comendador da antropologia, Roberto Kant de Lima, deixa um legado notável como mestre e pesquisador, com serviços prestados ao país na área de segurança pública e na formação e orientação de inúmeros alunos. Vai fazer muita falta.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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