As torres do Oscar Niemeyer Monumental, empreendimento vendido com a assinatura do consagrado arquiteto e com a palavra dos corretores de que era o marco inicial da revitalização do Centro, até hoje não passa de um estande de vendas no terreno cercado e da incerteza de quando a construtora PDG vai dar início às obras na Rua Visconde do Rio Branco (foto de Divulgação).
Dia 4 de abril farão dois anos do lançamento que os incorporadores anunciavam como um negócio de R$ 367 milhões. Folders coloridos e filmes mostrados por jornais e televisões anunciavam duas torres de 28 andares, ligadas na altura do 13° pavimento por uma passarela e um jardim suspenso. Uma das torres foi projetada para ter 456 salas comerciais e a outra para um hotel com 293 quartos, com a bandeira Ibis, da Rede Accor.
O prefeito Rodrigo Neves, para não perder o hábito de tirar casquinha na obra dos outros (como faz com frequência com a Águas de Niterói), botava o empreendimento imobiliário na conta da revitalização do Centro, que pretendia fazer em operação urbana consorciada (OUC) com as construtoras Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez.
Com a Operação Lava-Jato envolvendo as construtoras e afetando até o Comperj em Itaboraí – projeto que hoje leva à falência aquele município – a revitalização do Centro de Niterói micou. Agora, os compradores de unidades do Monumental Niemeyer estão apreensivos com o destino final dessa novela.