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Revitalização do Centro de Niterói inclui terreno com dívida milionária de IPTU

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A área do antigo Carrefour (em vermelho) vai ser desmembrada em oito quarteirões para a construção de prédios residenciais e lojas

As anunciadas obras de revitalização do Centro de Niterói e a criação de oito novos quarteirões de ruas no espaço onde era o Carrefour, ao lado do Caminho Niemeyer, vão supervalorizar um terreno de 64,7 mil metros quadrados que deve R$ 4.656.157,43 de IPTU à prefeitura, segundo lançamentos do imposto desde 2018.

A área pertence à empresa Irmãos Cunha Empreendimentos, que já assinou um contrato de Parceria Público Privada com a prefeitura para custear a abertura dos novos quarteirões e, em contrapartida, ali construir cerca de três mil unidades residenciais e comerciais até 2024.

O projeto da prefeitura prevê o prolongamento das ruas Marquês de Caxias, Saldanha Marinho e Doutor Fróes da Cruz, no Centro, até o Caminho Niemeyer. A abertura dos novos quarteirões está orçada em R$ 35 milhões e a empresa deverá garantir os serviços de limpeza, iluminação e manutenção urbana da área por 15 anos.

Leia mais: Reurbanização do Centro fica com empresa de obra atrasada na Região Oceânica

Torres falidas

Esta é a segunda tentativa da prefeitura de Niterói, nos últimos dez anos, para fazer a integração do Centro com o Caminho Niemeyer e requalificar uma área criada pelo aterro da Praia Grande que nunca chegou a ser urbanizada.

Em 2013, o ex-prefeito Rodrigo Neves tentou tocar uma Operação Urbana Consorciada com as empresas Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez prometendo a revitalização do Centro. A Operação Lava-Jato acabou frustrando esse projeto.

Ao mesmo tempo, a construtora PDG lançou o empreendimento Monumental Niemeyer, que seria a construção de duas torres de edifícios num terreno próximo do Terminal João Goulart. Deveriam ter 456 salas comerciais em uma delas, e 293 quartos em um hotel que seria administrado pela Rede Accor. Antes de falir, a construtora chegou a vender 30 % do empreendimento e os compradores ainda lutam na justiça para serem ressarcidos.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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