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Restinga vira matagal, apesar de Niterói ter milhões do BNDEs para restauração

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Quem vai hoje à orla de Itacoatiara, uma belíssima praia da Região Oceânica, não consegue da rua ver o mar nem admirar a restinga atlântica. Esta virou um matagal invadido por mais de 50 espécies estranhas às 36 do bioma original. Moradores do bairro temem que vire esconderijo de bandidos e reclamam da sujeira ali deixada por frequentadores.

A Sociedade Amigos de Itacoatiara (Soami) já está rouca de pedir providências à prefeitura de Niterói, que nada faz apesar de, desde 2015, contar com financiamento do BNDEs de R$ 2,9 milhões a fundo perdido (não reembolsável) para um projeto de restauração ecológica que inclui a restinga de Itacoatiara.

Eugênio Schitine, presidente da Soami, diz que há tempos a associação de moradores do bairro vem pedindo o cuidado com a restinga. Há cerca de cinco anos, a Soami mandou aparar os excessos de vegetação da restinga e levou uma baita multa do Inea (Instituto Estadual do Ambiente). “Apesar de a Soami pertencer ao Conselho dessa entidade ambientalista, foi multada; por isso, nunca mais tocamos a mão ali até a decisão de nossa ação na Justiça”, disse Schitine.

Desde 2015, a prefeitura de Niterói com apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF) traçou um projeto de restauração ecológica e inclusão social que obteve o financiamento do BNDEs. Os R$ 2,9 milhões devem ser empregados, além da recuperação da restinga de Itacoatiara, na restauração do Morro da Viração e nas restingas de Charitas, Camboinhas, Itaipu e Piratininga, assim como as áreas de mangue do sistema lagunar e nas ilhas Filha, Mãe e Pai.

Somente em 2019 o projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social começou a germinar timidamente. Em abril último, foi feito o replantio de espécies nativas em Camboinhas. Por ora, verde mesmo só a grana liberada pelo BNDEs. O projeto anda a passos de cágado. E não é por falta de gente para semear a terra. O projeto conta com a parceria do Laboratório Horto-Viveiro da UFF, Secretaria de Conservação de Niterói, Clin, Resex de Itaipu e Piratininga e Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset).

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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