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Rede de restaurantes diz que niteroiense come mais peixe do que o carioca

Escrito por Gilson Monteiro às 14:03 do dia 20 de agosto de 2020
Sobre: Pesquisa à mesa
  • restaurante siri
20ago

restaurante siriO niteroiense adora peixe, mais do que o carioca. Pesquisa feita durante a pandemia pelos Restaurantes Siri, com casas no Rio e em Niterói, revelou que o risoto de camarão, carro chefe da rede, é o prato preferido disparado pelos cariocas. Em Niterói, contudo, os peixes empatam e às vezes superam o famoso risoto na filial do Siri em Charitas. Com o isolamento social, os números comprovam que os pratos de frutos do mar superam as carnes nos pedidos feitos pelo sistema delivery, que jamais esteve tão em moda.

O Siri sofreu um baque com a pandemia. Teve que fechar as portas (reabertas há pouco), dispensar garçons e negociar com fornecedores para cortar despesas. Levou uma vantagem, porém, sobre a concorrência porque já possuía um sistema estruturado de delivery, com uma frota de entregas num raio de cinco quilômetros, além do serviço prestado pelo iFood.

— Tivemos apenas que aumentar o número de entregadores e adaptar o delivery ao isolamento social. Criamos o combo, com casquinha de siri de entrada e refrigerante para que o cliente não precise sair de casa para nada. Mesmo com a reabertura parcial do restaurante, nós constatamos que o niteroiense está muito focado em ficar em casa. Hoje, três quartos do nosso movimento é pelo sistema delivery – explica Adriano Gadini, gerente do Siri.

Desde 2009 na Praia de Charitas, o Siri faz entregas na Zona Sul e na Região Oceânica. A maioria dos pedidos é de moradores de Icaraí. Para a comida não esfriar, cada entregador leva no máximo duas refeições para a mesma região.

— Muitos restaurantes tiveram dificuldades porque não tinham a estrutura do Siri para entregas em domicílio. O combo deu uma alavancada e durante toda a pandemia, desde 18 de março, quando o comércio fechou, não paramos um único dia. Os outros restaurantes tiveram que montar estrutura e divulgar, o que demanda tempo.

O tempero, segundo Adriano, é o segredo do sucesso do risoto de camarão do Siri, que também se destaca com o pastel de camarão. É o prato principal da casa, mas que vem disputando com os peixes. Um cardápio novo, ainda mantido em segredo, sai em setembro. Mas ao longo da pandemia o filé de tambaqui com batata rústica foi o prato de peixe mais pedido. O camarão crocante com arroz à la grega também. O tambaqui vem da Amazônia; o robalo e o linguado, outras estrelas do cardápio, vêm de Santa Catarina; e, o camarão do Nordeste. “Não usamos produtos genéricos” – assegura o gerente.

— O niteroiense é exigente e gosta muito de peixes de qualidade.  O novo cardápio chega com muitas novidades após o nosso festival de frutos do mar. Nós sentimos que Niterói foi uma das cidades que mais cumpriu o isolamento social. O niteroiense se propôs a ficar em casa. Eles falam isso quando pedem as refeições – comenta Adriano.

Enquanto muitos restaurantes fecham as portas, o Siri pôs anúncio nas redes sociais convocando novos colaboradores e tem planos para um futuro próximo.

— Vamos mudar o perfil dos nossos drinks e criar um lound na varanda, com vista para a Baía de Guanabara. Charitas é o bairro mais seguro de Niterói. Sentimos isso no comportamento dos clientes e dos nossos vizinhos – concluiu Adriano Gadini.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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