A Unimed Leste Fluminense aprovou em assembleia realizada quarta-feira à noite (21/09) que seus 1.300 médicos cooperados deverão fazer um aporte de R$ 20 milhões pelos próximos 24 meses para a provisão de um fundo garantidor. Cada cooperado vai contribuir com seis por cento de sua produção mensal para formar a reserva financeira exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que com isso pretende prevenir eventuais problemas de caixa da cooperativa niteroiense.
Os médicos da Leste Fluminense aguardam agora o resultado da assembleia da Unimed Rio marcada para a próxima terça-feira (27/09). Os cerca de 5.500 cooperados cariocas vão ser chamados a fazer aportes individuais de R$ 90 mil para equilibrar as finanças da cooperativa de trabalho seguindo plano aprovado pela ANS. Temem os niteroienses que, caso isso não ocorra, a Unimed Rio não consiga se estabilizar e não pagar a dívida de R$ 46 milhões que tem com a Leste Fluminense.
Em relação ao aporte de R$ 20 milhões para a formação do que a ANS chama de Peona (Provisão de Eventos Ocorridos e não Avisados), os médicos da Unimed Leste Fluminense contam com a possibilidade de ter de volta esse dinheiro com a entrada em funcionamento pleno do hospital que a cooperativa construiu em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói.
O investimento feito até hoje na construção do hospital foi de R$ 90 milhões, incluindo a compra de equipamentos de imagem que já estão funcionando. Falta, ainda, instalar os serviços de hemodinâmica, o centro cirúrgico e uma UTI para adultos. A possibilidade seria a de a Unimed Leste Fluminense admitir um sócio no hospital e com ele passar a gerar renda capaz de devolver o aporte que passará a ser feito pelos próximos dois anos por seus cooperados.
