Tem aumentado o número de artistas de rua em Niterói, cada um levando seu espetáculo a esquinas movimentadas da Zona Sul. Mostram suas habilidades no tempo curto entre o sinal verde e o vermelho. Fazem malabares com bolas, facões e arcos. Têm os engolidores de fogo e os palhaços; os que fazem embaixadinhas com uma bola de futebol, e tem até pernas de pau.
Agora a atração em Icaraí é uma jovem professora argentina fazendo malabarismo nos finais de tarde em cima de uma fita elástica. A slackline é presa nos postes de um lado e de outro da Avenida Sete de Setembro, na esquina com Roberto Silveira.
Pamela Cruz era professora em seu país. Veio tentar a vida no Brasil e escolheu Niterói, onde diz que encontrou uma gente acolhedora.
– A nossa vida não é fácil, temos que treinar diariamente para não decepcionar o público. É preciso agilidade para não atrapalhar a fluidez do tráfego, mas nos engarrafamentos as pessoas encontram mais tempo para contribuir com o artista que precisa da pequena ajuda financeira – diz Pamela.
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O que é e onde surgiu o slackline
O slackline é um esporte de equilíbrio que utiliza uma fita de nylon esticada entre dois pontos fixos (postes, árvores, rochas), permitindo ao praticante andar e fazer manobras. Também conhecido como corda bamba. Slackline significa “linha folgada”. Pode ser comparado ao cabo de aço usado por artistas circenses, porém sua flexibilidade permite criar saltos e manobras inusitadas.
Sua prática começou nos anos 1980 nos campos de escalada do Vale de Yosemite (EUA). Os escaladores passavam semanas em busca de novas vias; nos tempos vagos, esticavam as suas fitas de escalada para treinar o equilíbrio. No Brasil, o esporte chegou ás praias do Rio de Janeiro em 2010, espalhando-se pelo país.
Segundo os praticantes do slackline, o esporte ajuda a relaxar e liberar a mente. O esforço para se conseguir o equilíbrio é tanto que a concentração é comparável a uma meditação. O corpo é exigido fisicamente, fortalecendo a coluna e os músculos abdominais.