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Prefeito, vice e secretários custarão duas vezes os serviços de saúde em Niterói

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Vão custar duas vezes o que Niterói gastou com pessoal médico e serviços de saúde em 2020 os subsídios do prefeito eleito Axel Grael, do vice Paulo Bagueira e de 45 secretários municipais.  Devido à pressão popular, por 10 votos a seis os vereadores votaram para o reajuste ser adiado para janeiro de 2022. Os subsídios dos vereadores foram mantidos em R$ 13,7 mil até 2024, devendo ser reajustados apenas em junho de cada ano, acompanhando o índice de correção dos vencimentos do funcionalismo.

Com a aprovação do projeto 269/20, a folha de pagamentos do primeiro escalão da prefeitura vai somar R$ 12.886.610,64, em 2022 (incluindo 20% de encargos sociais). Isto representará duas vezes o que a Secretaria Municipal de Saúde pagou em 2020 (R$ 4,2 milhões) pelos serviços de laboratórios de análises clínicas, radioterapia, e de imagens, além de salários e encargos sociais a profissionais de saúde (R$ 2.064.375,25).

O prefeito eleito deverá receber R$ 32.469,20. O vice, R$ 28.549,12, e cada secretário municipal R$ 16.542,15. O total geral desses subsídios será 60% maior que o município gastou em 2020 com o Fundo Municipal de Transporte. Foram R$ 8,1 milhões, apesar do ano atípico pela pandemia que fechou escolas e reduziu a mobilidade das pessoas com o isolamento social. Desse montante, R$ 3,4 milhões foram para o RioCard complementar o bilhete único das barcas Rio-Niterói; e R$ 4,7 milhões para, segundo o Portal da Transparência, ressarcir os consórcios Transnit e Transoceânico pela gratuidade das tarifas de ônibus de estudantes, pessoas com deficiência e acompanhantes.

Arrecadando um dos IPTUs mais caros do país, o segundo município do Estado que mais recebe royalties do petróleo (o primeiro é Maricá), Niterói terá receita de R$ 3,5 bilhões em 2021.

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), os petrodólares continuarão a jorrar nos próximos quatro anos. Niterói deverá receber no quadriênio R$ 4,7 bilhões, em média R$ 1,175 bilhão por ano.

A despesa do município no ano que vem será de R$ 1,5 bilhão com o funcionalismo, inchado pelos cargos comissionados. Outro R$ 1,4 bilhão será para prover a seguridade social (aposentados e pensionistas. Sobrarão R$ 600 milhões para manutenção da cidade, aquisição de medicamentos,  serviços de saúde terceirizados, benefícios como o Renda Básica, ente outros. Restará muito pouco para obras de infraestrutura (investimentos).

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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