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Prefeito interino diz se sentir impedido

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Paulo Bagueira, prefeito em exercício de Niterói, disse em reunião com vereadores nesta terça-feira (05/02) não se sentir à vontade na prefeitura, pois a interinidade o obrigava a agir com muita parcimônia, o que lhe estaria impedindo de tomar algumas decisões. “É uma situação muito desagradável e vergonhosa para Niterói”, disse o interino.

Bagueira reuniu os vereadores da base de sustentação do governo de Rodrigo Neves, que está em prisão cautelar desde 10 de dezembro decretada pelo Tribunal de Justiça, para juntos procurarem uma solução para o hiato administrativo que o afastamento do prefeito estaria causando ao município.

Como presidente da Câmara de Vereadores, Bagueira foi obrigado a exercer o cargo de prefeito, pois Niterói não tem vice-prefeito desde quando o eleito para o cargo, Comte Bittencourt, renunciou em dezembro de 2017 para continuar na época com seu mandato de deputado estadual.

Hoje, José Guilherme Azevedo, presidente da Neltur, empresa importante na estrutura da prefeitura, pediu demissão e está sendo substituído temporariamente pelo diretor financeiro Luiz Fernandes Braga. A indicação de um novo nome para o cargo deverá continuar sendo do ex-deputado Comte Bittencourt.

Essa demora com a indefinição sobre o futuro do comando da cidade já começa a preocupar setores do empresariado, que também aguardam o desenrolar dos acontecimentos para definir estratégias para suas empresas.

A população, por sua vez, assiste a tudo em silêncio, sem muita manifestação pelas redes sociais, a não ser de pessoas ligadas à área política ou com envolvimento no estafe administrativo da municipalidade.

Preso em 10 de dezembro acusado pelo Ministério Público estadual de receber mais de R$ 10 milhões de propinas de empresas de ônibus, Rodrigo Neves está desde aquele dia na cadeia de Bangu 8. Seus advogados já tentaram, mas ainda não conseguiram um habeas corpus para ele. Liminares já foram negadas pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo relator do processo que tramita no Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio. No Supremo Tribunal Federal, o presidente Dias Toffoli também não reconheceu urgência para examinar o habeas corpus no fim do ano passado.

Um vereador presente à reunião com Bagueira sugeriu que fosse criada ali uma comissão para procurar o advogado Técio Lins e Silva, que lidera atualmente a defesa de Rodrigo Neves, para que este dê uma posição sobre a real situação jurídica do prefeito afastado. “Precisamos saber se ele tem chance de voltar ou não”, disse o vereador.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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