
Em Maricá, próspera cidade vizinha de Niterói, não há uma rua que não tenha um poste de eletricidade inclinado sobre casas, carros e pessoas. Talvez seja isto que a concessionária de energia queira dizer com seu slogan “a Enel mais perto de você”. Na Avenida Maysa, que margeia a orla oceânica da cidade, um desses postes entre as ruas 64 e 65 está há muitos meses escorado para não tombar de vez na pista. Poucos metros à frente, na esquina da rua 67, outro poste tomba perigosamente para cima de uma casa.

A Prefeitura de Maricá garante que “fiscaliza e cobra da Enel a oferta de um serviço de qualidade para os moradores do município”. No entanto, a cobrança parece ser leniente. Tanto que aqueles dois postes perigosamente inclinados estão há muito tempo fotografados no “Street View” do Google Earth. E não são só eles desafiando a Lei da Gravidade. Basta percorrer as ruas de Maricá para encontrar muitos outros fora do prumo.
Outra questão que afeta os moradores e comerciantes de Maricá é a distribuição precária de energia elétrica. Basta uma chuvinha ou um vento mais forte para desarmar a rede deixando casas e lojas sem luz, as vezes por vários dias.
Em nota, a Prefeitura de Maricá diz que nos últimos dois meses, o prefeito Washington Quaquá participou de reuniões com a Enel, reforçando a necessidade de investimentos na estrutura elétrica da cidade. Como resultado desses encontros, foi criado um comitê para discutir as demandas da população e qualificar a oferta do serviço. As reuniões são quinzenais.
Sobre os incontáveis postes inclinados ao longo das ruas de Maricá, a Secretaria de Energias Renováveis e Iluminação Pública ressalta que “as vistorias e definições técnicas sobre necessidade de reposição desses equipamentos são feitas exclusivamente pelos gestores da Enel”. Mas acrescenta laconicamente que o poste escorado da Avenida Maysa, “já foi incluído na programação de substituição”.