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Porque Niterói precisa lembrar de Lisaura Ruas no Dia das Mães

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Lisaura Ruas dirigiu a AFR com dedicação e carinho de mãe por muitos anos

Caminhava de manhã pela Lopes Trovão, em Icaraí, e fiquei impressionado com o entra e sai de pessoas de todas as idades que fazem tratamento na Associação Fluminense de Reabilitação, em Niterói. Logo lembrei da abnegada Lisaura Ruas, que dirigiu a AFR por uma vida inteira. Ela se preocupava em prestar tratamento aos mais necessitados, apesar de o SUS reembolsar uma ninharia pelos inestimáveis serviços prestados pela associação.

Como o próximo domingo é Dia das Mães, por que não homenagear essa figura sempre lembrada e que deixou um verdadeiro trabalho de mãe por muitos anos na sua presidência, visitando os pacientes nas salas de tratamento, principalmente as crianças que chamava pelo nome e a elas levava, com seu sorriso arrebatador, uma palavra de apoio e carinho?

Casada com o colunista Carlos Ruas, movimentavam a cidade com eventos benemerentes em favor da AFR, como o Garçom Caixa Alto, um acontecimento anual de grande sucesso.

A atual presidente da entidade filantrópica é Maria Augusta Pontes de Figueiredo, que entrou para a AFR como mãe de paciente no início da década de 70. Tendo composto a diretoria por diversos mandatos, Maria Augusta trabalhou diretamente com Lisaura Ruas, que presidiu a AFR por 27 anos.

A Associação Fluminense de Reabilitação é uma entidade filantrópica, privada, sem fins lucrativos, reconhecida legalmente de utilidade pública, que atua desde 1958, em Niterói na Reabilitação de crianças, adolescentes e adultos com deficiências. Foi criada no auge do surto brasileiro de poliomielite. Hoje é um Centro de Referência em Reabilitação habilitado junto ao Ministério da Saúde como CER II, nas especialidades Física e Intelectual para atendimentos de pacientes com alta complexidade.

Atualmente, a AFR atende 1.700 pacientes, dos quais 700 são crianças sendo 350 com comprometimentos neurológicos congênitos e paralisia cerebral, e 350 com diagnóstico de TEA – Transtorno do Espectro Autista. Trata também de um número cada vez maior de jovens adultos vítimas da violência urbana de nossas cidades, principalmente de assaltos, acidentes de trânsito incapacitantes e similares.

A AFR é um Centro de Reabilitação pioneiro no Brasil na aplicação de técnicas Multi, Inter e Transdisciplinares de terapias de Reabilitação e Medicina Física. É uma instituição que, desde sua fundação, empreende e dedica esforços por mais espaço, mais recurso e mais qualidade. 

Uma das grandes dificuldades da AFR reside na defasagem dos valores das Tabelas SUS. Isto vem colocando em risco a continuidade dos atendimentos à pessoa com deficiência em todo país. Os valores estabelecidos em abril de 2012, através da Portaria 835/2012, não foram atualizados, gerando um déficit significativo para a instituição que, em 2022, realizou 180 mil atendimentos, dos quais 123 mil para usuários do SUS. Além dos pacientes residentes em Niterói, atende pessoas de municípios vizinhos, como Maricá, São Gonçalo, Itaboraí e Rio Bonito.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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