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Planos de saúde lucram R$ 5,6 bi deixando muitos sem assistência em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 18:43 do dia 4 de setembro de 2024
Sobre: Contrastes
  • Planos de saúde, Niterói
04set
Em Niterói, muita gente não consegue arcar com as mensalidades e também fica desassistida pela rede pública do município

Os planos de saúde tiveram um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo informa a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse resultado é o maior registrado no primeiro semestre desde 2020, mas as operadoras continuam com uma voracidade contra os planos individuais e de empresas, conseguindo reajustes de contrato absurdos contando com o consentimento da ANS.

Em Niterói, o número de beneficiários dos planos médico-hospitalares está diminuindo. Muita gente fica sem assistência porque não consegue mais arcar com as mensalidades. Essa tendência é preocupante, especialmente considerando que a prefeitura de Niterói já não atende adequadamente os cidadãos sem planos de saúde.

Como ex-capital, Niterói abriga um grande contingente de aposentados e pensionistas, principalmente na Zona Sul. Segundo o último censo do IBGE, a cidade abriga 23,8% de sua população na terceira idade. Por outro lado, esses grupos vêm tendo suas aposentadorias e pensões achatadas pelo governo, enquanto enfrentam despesas crescentes, como IPTU, contas de condomínio, luz, água, telefone e remédios.

A rede pública de saúde em Niterói está precária. Faltam recursos nos Médicos de Família, postos de atendimento e hospitais. Os niteroienses buscam socorro nos hospitais estaduais Azevedo Lima (Fonseca) e Alberto Torres (São Gonçalo), que, embora prestem atendimento digno, estão superlotados devido à alta demanda.

O Antônio Pedro, que no passado prestou um grande apoio à saúde, principalmente na área de emergência, hoje virou um hospital referenciado, onde a burocracia prejudica o atendimento, além da diminuição enorme de leitos e cirurgias.

Se não houver controle nos aumentos abusivos dos planos de saúde, será urgente melhorar o atendimento na rede pública municipal. Niterói, que arrecadará R$ 7 bilhões no próximo ano, precisa encontrar soluções para garantir a saúde de todos os seus cidadãos.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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2 thoughts on “Planos de saúde lucram R$ 5,6 bi deixando muitos sem assistência em Niterói

  1. A farsa da qualidade de vida em Niterói que o governo vendia, agora a conta chegou. Uma cidade bilionária, com uma classe média empobrecida e envelhecida. Com índices de educação e saúde péssimos. Com gestões sucessivas ineficientes e parasitas da administração pública. Salta aos olhos a degradação da cidade. A precarização dos serviços e a privatização da saúde pública está levando a cidade para um buraco. Caminhamos a passos largos rumo ao caos social

  2. A saúde em Niterói pede socorro enquanto o prefeito gasta o dinheiro em festas obras onde não precisa ele deveria por o Antônio Pedro hospital de referência funcionando. 😪

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