Com a prefeitura inundada por royalties do petróleo, as ruas de Niterói ficam alagadas e cobertas de lama sempre que chove forte. A sede da Secretaria de Fazenda, na Rua da Conceição, é um exemplo do que a burocracia produz de melhor. Dentro do prédio, onde o município contabiliza cerca de um terço de seu orçamento de R$ 3,6 bilhões formado por petrodólares (a segunda maior arrecadação do Estado com essa receita, a primeira é Maricá), funcionários graduados estacionam seus carros nos jardins internos, deixando do lado de fora das grades a lama para povo chafurdar-se nela.
Os Pilatos municipais lavam as mãos na água que transborda na cidade, usando a velha e surrada desculpa de que nesta segunda-feira (13/01) “choveu todo o volume previsto para o mês de janeiro inteiro”.
Quanto aos petrodólares, dizem que parte deles estão sendo empregados em obras de macrodrenagem na Região Oceânica. Mas assim como a Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, vira um rio de descaso público toda vez que a tal “precipitação pluviométrica” é maior, na outra ponta de Niterói moradores do Engenho do Mato ficam ilhados em suas próprias casas.
Hoje, um caminhão da Clin atolou na lama. A Estrada São Sebastião (antiga Vai-e-vem) voltou a se transformar em uma hidrovia, enquanto a prefeitura gasta milhões numa eterna obra de construção de um parque rural, deixando as ruas sem calçamento ou drenagem.
Em muitas situações, como a do passeio no entorno do Palácio Arariboia que abriga a Secretaria Municipal de Fazenda, onde se produzem os carnês do IPTU mais caro do país, soluções simples poderiam devolver a qualidade de uma urbe endinheirada. Bastaria uma drenagem simples, feita por gravidade, e uma cobertura de pedriscos para dar uma aparência decente ao local.
Para isso, o foco da utilização do dinheiro público não deveria ser o de manter ativa uma máquina eleitoreira, que criou milhares de cargos comissionados e não se cansa de ampliar, cada vez mais, o número de repartições de papel para abrigar tantas sinecuras quanto o projeto de poder do prefeito Rodrigo Neves exigir.
Na pesquisa que a UFRJ fez com a população niteroiense em 2015, identificaram-se os critérios pelos quais a população gostaria que fossem submetidos a todas as alternativas técnicas quando da tomada de decisão sobre os projetos que mereceriam investimentos públicos. Mas a prefeitura e a secretaria de Urbanismo esconderam da sociedade o estudo exatamente para não vincular o governo aos critérios que o povo quer. Dentre eles, destacaram-se melhor beneficio-custo, menor impacto ambiental negativo, menor subsídio público, etc. A população identificou também as políticas públicas prioritárias, mas, ao contrário, o plano diretor é um amontoado de artigos sem a menor serventia prática, uma lei vazia. Deveria estar definido no Plano Diretor, por exemplo, a destinação dos royalties do petróleo àqueles políticas prioritárias. Por exemplo: o que o município arrecada de royalties por ano daria para construir uma linha de metrô de mais 7km. Ao final do governo, seria uma rede de metrô de quase 30km na cidade. E é com essa referência que o atual governo deverá ser julgado neste ano: por ter deixado de dotar a cidade de infraestrutura modernizada para sustentar uma política cartorial de compra de votos.
Cadê os políticos desta cidade, povo idiota que vota neles.
Eles não fazem nada pela população. Gostam de dar nomes em avenidas e ruas de bairro e diploma de cidadania a quem não merece ou medalhas.
Cobrem benefícios para todos. Não vendam seus votos.
No dia 04/10/2020 o povo Niteroiense vai dar a resposta para este Alcaide Rodrigo Pinóquio Neves.
Rodrigo Neves pagou uma boa grana para sair da prisão, e agora voltou a roubar tudo