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Pescador fisga filhote de tubarão na praia de Icaraí, em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 16:51 do dia 30 de novembro de 2023
Sobre: Não era cocoroca
30nov

Não é conversa de pescador. Está nas redes sociais um vídeo mostrando hoje (30), quando um pescador do grupo Família de Pesca do Gragoatá fisga um filhote de tubarão nas tranquilas águas da praia de Icaraí, na Zona Sul de Niterói. O vídeo mostra o espanto do pescador que esperava pegar cocorocas ou corvinotas.

— Até tubarão eu pego, tem essa não! – vangloria-se o pescador Tomás, atraindo a atenção de uma pescadora que vem correndo ver o peixe que, segundo um peixeiro do Mercado São Pedro que assistiu o vídeo, seria um caçonete (filhote de cação).

–  Sério mesmo, você pegou um tubarão – diz a pescadora. O autor do feito, responde: Estava cortando a linha. A colega emenda: “Gente, é bonitinho…”, no que o homem responde: “Merece viver, né mesmo”, antes de devolver o caçonete ao mar de Icaraí.

O termo cação é uma palavra portuguesa derivada do espanhol [‘cazón’] que, há muito tempo, era atribuída a uma espécie de tubarão específica. “Mas, há dezenas de anos, acabou aplicada para todas as espécies de tubarão”, explica o biólogo Hugo Bornatowski, pesquisador das ONGs Associação MarBrasil e Observatório de Justiça e Conservação (OJC).

Há três anos, Dois tubarões-martelos atraíram a atenção de curiosos que estavam na Praia de Itaipu, na Região Oceânica, de Niterói. Os animais caíram nas redes de um barco de pescadores e foram levados até a areia da praia. Embora os pescadores não tenham confirmado o local exato de captura dos tubarões, quem costuma remar nas águas das ilhas próximas a Itaipu diz ter visto a presença de tubarões no local.

Em maio de 2020, um tubarão-baleia foi encontrado por um grupo de pescadores próximo à Ilha Mãe, na altura da praia de Itaipu, em Niterói. O tubarão-baleia é o maior peixe e vertebrado não mamífero da natureza. Ele pode ter, na fase adulta, até 12 metros de comprimento e 12 toneladas.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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14 thoughts on “Pescador fisga filhote de tubarão na praia de Icaraí, em Niterói

  1. Se tem filhote de tubarão sendo pego e solto na praia de Icaraí, significa que seus pais estão por perto.

      1. Bom dia.
        Faltou comentar que o Tubarâo Baleia É Inofensivo ao homem, assim como outras espécies em nosso litoral.
        Se alimentam basicamente de plâncton.
        Muito bom o pescador ter libertado o caçonete.

    1. Aí depois vem aquela conversa fiada de que o homem tá destruindo.
      Se fosse verdade esse tubarão estaria bem longe.
      A natureza é perfeita, mesmo assim merece ser solto pois o seu pai pode ficar bravo

      1. Quem deveria ter medo são os próprios tubarões? O homem na sua infinita ganância, vai conseguir destruir tudo. O tubarão está no local certo. O dependente de qual praia for. É o hábitat natural dele. Invasores somos nós.

      2. Sério issssuuuuuuuu!??? Logo as praias de Itaipu q ai da da pra gente ficar de molho. Bem q eles poderiam ir pra Itacoatiara, itaipuassu!

    2. Onde tem o filhote, certamente tem os adultos. Por sorte, esses tubarões que já apareceram nas praias de Niterói, não são das especies mais agrecivas(tubarão tigre e outros agressivos).

  2. Parabéns pela atitude de de ter devolvido o filhote de cação para o mar. Ainda existem pessoas boas e conscientes .
    Nasci em Niterói e tive o privilégio de ver a enseada fe São Francisco com águas transparentes e areia branca e uma vida marinha muito rica com cavalos marinho que se escondiam nas algas marinhas verdes e em certas épocas do ano acreditem se quiser, a água ficava iluminada iluminada pelo plâncton quando era agitada com os pulos das tainhas à noite. Era realmente incrível!
    Se der uma chance a vida marinha consegue se recuperar, quem sabe até os tatuís possam voltar .

    1. Não demora muito e nós, com nosso instinto predatório, é que extinguiremos os tubarões e inúmeras outras espécies.

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