Em um dos seus croquis (foto), Oscar Niemeyer resumiu numa dedicatória a Jorge Roberto Silveira, seu sentimento: “Gostei de projetar este museu em local tão bonito. De criar à sua volta o passeio circular que o panorama fantástico exigia. E conhecer o prefeito Jorge Silveira, de vê-lo tão jovem, tão confiante, olhando este país com o otimismo dos velhos tempos de JK”.
Naquele início dos anos noventa, Jorge Roberto Silveira, prefeito de Niterói, foi procurado pelo colecionador João Sattamini. Tinha interesse em abrigar sua coleção de arte contemporânea brasileira em um museu, e perguntava se o prefeito poderia acolhê-la. “Pensamos logo em Oscar Niemeyer”, lembra Jorge Roberto.
– Na mesma semana, Niemeyer saia da prefeitura ao meu lado juntamente com João Sattamini, Ítalo Campofiorito e João Sampaio. Primeira parada: o mirante da Boa Viagem. Lentamente, o doutor Oscar ficou uns dez ou quinze minutos andando de um lado para o outro. Fascinado com o terreno e pela paisagem, às vezes sussurrava para si mesmo: “Que beleza!”. Todos nós, devida e respeitosamente calados, sabíamos que estávamos presenciando o início de uma criação importante. Niemeyer disse então: “É aqui”. Com uma total falta de sensibilidade, argumentei: O senhor não gostaria de ver outros lugares que selecionamos? “Não precisa, é aqui. Eu já tenho a forma, algo como uma flor ou um pássaro” – conta Jorge.
O grupo seguiu para um almoço em Charitas, no antigo Restaurante Sacada. O prefeito pediu ao garçom umas folhas de papel, queria ver o esboço da ideia. “Rapidamente, ele vinha trazendo folhas pequenas, dessas de recado, quando foi interceptado por outro garçom, que o censurou baixinho: “Rapaz, traz uma folha maior, esse homem fez Brasília”.
O urbanista João Sampaio foi quem, como prefeito, entregou a obra em 2 de setembro de 1996 à população do município e, por que não dizer, ao mundo. No livro “Com Niemeyer em Niterói, Sampaio classificou o MAC como “novo símbolo de nossa cidade; marco expressivo que floresce num magnífico pedestal natural, em linha curva suave e ascendente, como que alçando voo nesse espaço belíssimo definido pelo mar e pelas montanhas que circundam a Baía de Guanabara”.
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