Eles vieram ao mundo para vestir o jaleco branco e com a meritória missão de cuidar da saúde das pessoas. Todo mundo já sabe que estou me referindo ao Médico que hoje, 18 de outubro, comemora merecidamente o seu Dia.
Acompanho os doutores desde os tempos em que não existiam sofisticados exames. Eles usavam a experiência e competência, apalpando os doentes dos pés à cabeça e acertavam o diagnóstico em mais de 80% dos casos, confirmado pelos simples resultados das coletas de sangue e de radiografia.
Estou dando o exemplo de Niterói, onde existe uma grande Faculdade de Medicina da UFF, com professores abnegados que faziam sua base no Antônio Pedro. O hospital universitário tinha um Pronto Socorro onde davam entradas vítimas das mais variadas causas e acidentes. Ali, os residentes entravam em cena para ajudar e aprender a lidar com todas as ocorrências, das mais simples até as mais graves. O HUAP foi, por muito tempo, a grande escola da medicina. Casos importantes e muitas vezes raros eram estudados semanalmente por mestres e médicos de alto nível, de todas as áreas.
Pouco tempo depois, o que se viu foi a turma da terra de Araribóia se destacando em áreas como a da cardiologia, cirurgia de tórax, ortopedia, pneumologia, cirurgia geral, clínica geral, pediatria, e daí por diante.
Em determinado momento, com o apoio da Colônia Portuguesa, surgiu o Santa Cruz. Esse hospital da Rua da Conceição atendia aos pacientes sócios da Beneficência e particulares. Ali estavam os melhores professores e profissionais das diversas especialidades, o que fez o Santa Cruz se tornar também numa grande escola da medicina fluminense.
É bom destacar que outros médicos, com seus próprios recursos, se uniam e investiam suas próprias economias na criação de empresas hospitalares. Sem citar pela ordem, são elas a Maternidade Santa Rosa, Casa de Saúde Santa Martha, Procordis, Centrocardio, Hospital São Paulo, Centro Ortopédico São Lucas, Casa de Saúde Santa Lúcia, Instituto de Urologia e Nefrologia, Hospital de Olhos, Clínica Santa Beatriz, Clínica Pires de Melo, Maternidade São Francisco, Clínica da Alameda, Hospital São Lucas, e muitos outros.
Lembro também da figura do verdadeiro médico de família. Ia muitas vezes a pé, de ônibus ou de táxi, com tempo bom ou debaixo de chuva, carregando sua maletinha, socorrer um doente em casa. Muitas vezes sem cobrar a visita.
Na área pública ficamos restritos atualmente aos hospitais municipais Orêncio de Freitas, que não recebe o apoio que merece; o novo Oceânico, o sobrecarregado Mário Monteiro; e o infantil Getulinho, além de contar com a importante retaguarda do estadual Azevedo Lima que recebe, hoje, um grande número de todo o tipo de doentes.
Na área particular, Niterói foi contemplada com a iniciativa empresarial de médicos da cidade, que aplicaram altos recursos para manter o Hospital Icaraí com atendimento de nível elevado, e também com os altíssimos investimentos de dois grupos fortes de saúde: o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e o Hospital Niterói D’Or que disponibilizam o que existe de mais moderno em atendimento, com equipamentos de ponta e de última geração.
Esses últimos anos de pandemia foram terríveis, mas os doutores entraram em campo de corpo e alma, mesmo sabendo do risco de vida. Cumpriram sua missão salvadora e o juramento da carreira de Hipócrates, mas muitos acabaram morrendo vítimas da trágica Covid 19, que ainda continua se alastrando em menores proporções.
Nessa data, significativa, pedimos ao padroeiro São Lucas que continue derramando as bençãos e protegendo os médicos de inestimável e significativa importância na vida de todos nós.
Obrigado, doutores!
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