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Obra malfeita agora ferra São Francisco

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Para criar uma faixa seletiva para os ônibus da Transoceânica, a prefeitura de Niterói acabou agora com o estacionamento de carros na orla de São Francisco, causando um prejuízo enorme ao comércio local, que teme fechar as portas como já aconteceu com três restaurantes de Charitas. Como faz tudo sem estudo, planejamento, previsão ou pesquisa, a atual administração municipal tira a roupa de um santo para vestir o outro.

A medida é uma tentativa da secretaria de Transportes para reduzir o tempo de viagem dos ônibus que seguem da Região Oceânica para o Centro de Niterói, passando pelo túnel Charitas-Cafubá, que é de uma hora e meia, o mesmo dos ônibus que fazem o trajeto antigo, pelo Largo da Batalha.   

Representantes do Polo Gastronômico de São Francisco alertam que a extinção das vagas de estacionamento na orla vai impactar seriamente o comércio local, formado não apenas por 18 bares e restaurantes, mas também por um mercado e uma farmácia que empregam cerca de mil funcionários, sem contar com os empregos indiretos que superam a marca de três mil profissionais.

Para facilitar o tráfego das novas linhas de ônibus que vêm do Cafubá pelo túnel a prefeitura já havia limitado o estacionamento em Charitas a dois horários, proibindo parar nas vagas de estacionamento das avenidas Sílvio Picanço e Quintino Bocaiúva da meia-noite às 11h, no sentido Icaraí. Na direção contrária, a proibição é das 17h às 21h. Com isso, a prefeitura quebrou três restaurantes: o Casa do Caranguejo, o Belle Ville  e, recentemente, o Bar e Restaurante Itália.

Agora os comerciantes de São Francisco foram surpreendidos por um batalhão de guardas municipais e agentes de trânsito na pista da Quintino Bocaiuva proibindo, desde sexta-feira (25/05) o estacionamento em toda a orla. E também já começaram a multar e rebocar carros que parem nas vagas que serviam aos fregueses dos restaurantes.  

Quem anda de carro ou de ônibus, sabe que o gargalo do trânsito que chega pelo túnel do Cafubá está numa curva que vai do Posto da BR, em Charitas, até a Praça do Lido. O alargamento e a correção dessa curva, que evitaria o congestionamento, no entanto, esbarra no fato de que não se pode demolir o morro onde está a Igreja de São Francisco, tombada pelo Patrimônio Histórico.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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