A construção do novo hospital infantil no Fonseca vai aos trancos e barrancos, como se pode ler pelo Diário Oficial. No do dia 18/02, dois atos da Emusa (Empresa Municipal de Urbanismo e Saneamento), da prefeitura de Niterói, mandam a empreiteira Dimensional parar a obra do Getulinho no dia 1° de setembro de 2015, e somente no dia 4 de janeiro último autoriza o reinício dos trabalhos (vejam nas reproduções do DO).
Neste meio tempo, o prefeito petista Rodrigo Neves chamou os holofotes para si e fez alarde pelo Twitter no dia 25 de novembro: “Vistoriei tb obras construção do novo Getulinho. Mais de 150 operários trabalham em ritmo acelerado no local”. Na foto que ele publicou se via meia dúzia de trabalhadores. Como a reconstrução do hospital demolido em 2013 estaria em ritmo acelerado se os documentos oficiais indicam o contrário?
A Dimensional Engenharia, contratada pela Emusa, de junho a dezembro recebeu R$ 5,04 milhões, e em 28 de janeiro foi empenhado o pagamento de mais R$ 2 milhões para a empreiteira concluir os trabalhos.
A reinauguração do hospital Getúlio Vargas Filho está prevista para acontecer até junho, às vésperas da próxima campanha eleitoral.
Até lá, as crianças continuarão sendo atendidas em consultórios instalados em contêineres e, aquelas que necessitam de cirurgias, encaminhadas a uma longa fila de espera no Hospital Orêncio de Freitas, no Barreto.
Tudo isto apesar de a prefeitura de Niterói já haver pagado R$ 92 milhões para a organização social Ideias fazer a gestão do hospital sem teto, para a qual também reservou mais R$ 5,6 milhões a fim de renovar esse contrato.