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Obra derruba vendas na Região Oceânica

Escrito por Gilson Monteiro às 15:25 do dia 9 de agosto de 2017
Sobre: TransTorno
09ago

Desde julho, comerciantes estão sofrendo uma queda de até 75% nas vendas com as obras da Transoceânica tendo chegado ao trecho da Estrada Francisco da Cruz Nunes que concentra o maior número de shoppings da Região Oceânica de Niterói. Reclamam da falta de planejamento da obra e por não receberem nenhuma resposta da prefeitura às reclamações. Temem chegar a dezembro, melhor período de vendas do comércio, com o acesso às lojas comprometido.

Os lojistas fizeram um abaixo-assinado reivindicando, entre outras questões, que as obras fossem realizadas em três turnos para maior celeridade; a isenção de impostos municipais para compensar os prejuízos; a garantia de acessos às lojas durante a realização das obras na estrada; e a manutenção de áreas de estacionamento em diagonal, e não no sentido longitudinal que reduz o número de vagas na porta dos shoppings.

— A impressão que temos é que essa obra está sendo feita sem planejamento nenhum, e não pensaram nem tiveram consideração pelo comércio local. Quem fez o projeto não deve conhecer a região, a cultura, os costumes e hábitos de quem a frequenta. O túnel realmente é muito bom para o município, mas faltou bom senso em todo o restante da obra; faltou respeito aos comerciantes e a quem frequenta a região. O consórcio construtor não consegue terminar um trecho cem por cento. Deveriam fazer em etapas e concluir trechos para iniciar outros, o que não acontece, pois saem quebrando tudo. A prefeitura deveria estar olhando isso – diz um comerciante do shopping Cancun.

O abaixo-assinado foi enviado para o Ministério Público com um pedido de acompanhamento da situação que aflige os lojistas, já que o mesmo documento foi entregue à prefeitura de Niterói sem que houvesse alguma resposta satisfatória para os comerciantes da Região Oceânica. Eles pediram cópia do projeto básico de execução e um cronograma da obra com o cronograma de todos os trechos (com as datas de início e de término dos trabalhos).

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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8 thoughts on “Obra derruba vendas na Região Oceânica

  1. Reivindicações muito justas!
    As obras na cidade não podem condenar comerciantes a falência. É preciso que a prefeitura apoie os comerciantes e encontre saídas viáveis para a questão.

  2. Concordo que o BRT não vai ser lá de grande ajuda, portanto é um investimento desnecessário. A Prefeitura está perdendo uma excelente oportunidade de incentivar o uso de bicicletas pela R.O. Reconstrução de calçadas, criação de ciclovias/ciclofaixas, pavimentação das vias e arborização da região seriam o bastante, além, é claro, da melhoria da rede de águas e esgotos e de escoamento das águas pluviais. Perdemos uma ótima oportunidade de mudar a cara da região.

  3. Eduardo Paes fez BRT no Rio, Odorico faz em Niterói. Eduardo Paes fez operação consorciada no Porto Maravilha, Odorico fez para o centro de Niterói. A diferença é que não fez bem feito nem entregou nada. Fez uma propaganda enorme para falar da Nova Moreira César, a via seria remodelada, repaginada, rede elétrica subterranea, piso de granito, a rua mais exclusiva do cosmos. Nada foi entregue e os comerciantes perderam o Natal. Um mix de incompetência e complexo de inferioridade nuncantesvistonestepaiz.

  4. O que foi comentado pelo sr. Bruno é mesmo um absurdo. Hoje tive o trabalho de contar e observar a quantidade de semáforos instalados em uma sequência questionável. Absurdo ver semáforos instalados na saída de certos condomínios de luxo. Gostaria de poder ter esse privilégio mas sei que a governança municipal somente nos procura ao percorrer o comércio local nos períodos de campanha política para ficar pedindo votos e promessas vãs. Na rótula do posto Monza instala-se o caos diariamente e os “espertos” da NItTrans demostram ser incapazes para tal tipo de gestão. De vez em quando apenas um pobre agente fica posicionado apitando indiscriminadamente quando lá deveria atuar dois agentes , no mínimo, e que esses tivessem a devida orientação conjugar a liberação dos veículos vindos de 3 direções, mas aí creio ser pedir de mais aos tais “gestores”.

  5. Poderia o sr. Rodrigo Neves responder: quem utilizará o BRT par Charitas entre 12 e 16 horas? Ninguém é a resposta honesta vendo-se então como o BRT será subutilizado nesse período. outra pergunta ao prefeito: qual a razão das baias de estacionamento no comércio deixar a traseira dos veículos sobre a faixa de trânsito inutilizando o que seria uma 3ª faixa? Outra pergunta ao prefeito ou a algum gestor da NitTrans: quem autoriza ao mercado Diamante coloque um cavalete e cone sobre a 3ª faixa de veículos fazendo com que os carros tenham que dela sair estrangulando a circulação viária no local? Somente nós temos a capacidade de ver esses fatos ? Existem diversas outras anomalias visíveis por nós, moradores, porém incapazes de que sejam observadas pelos gestores (?) da prefeitura de Niterói. E por aí os aditivos vão sendo feitos e assinados.

  6. Como bem falou o comerciante entrevistado, a prefeitura não conhecia os costumes e como a população se locomovia na R.O. Grande parte da população daqui utiliza carro pq é mais vantajoso do que transporte público para acessar os comércios e escolas. Pode pegar os extremos da R.O e verificar:

    De Itaipu/itacoatiara ao Cafubá = 8Km.
    Várzea das moças ao Cafubá = 12km
    Ponto final do BHLS no Engenho do mato até o Cafubá = 6km
    Camboinhas ao Cafubá: 5,5 km
    Piratininga ao Cafubá = 7km

    Ou seja, para se locomover (ida e volta) entre os bairros mais distantes ele gasta muito pouco de gasolina, no máximo dois litros em trajetos diretos. Desembolsará 8 reais. Mesmo preço quase da passagem. Se for uma família de 2 pessoas, de ônibus gastará ida e volta = 15,60; 3 pessoas = 23,40; 4 pessoas = 31,20; 5 pessoas que é o máximo em um carro popular = 39 reais, quase cinco vezes mais caro. O custo com manutenção /seguro é totalmente compensado.

    E o que faz a prefeitura? Dificulta o estacionamento, retira os retornos, acaba com a auxiliar para privilegiar um transporte caro, lento e ineficiente como ônibus. Enquanto em países desenvolvidos o transporte público é rápido, barato e não há necessidade de utilizar carro.

  7. E pensar que todo esse transtorno vai servir apenas para… fazer um BRT para a Estação Charitas!!! Ou alguém acha que o BRT TransNiterói vai sair do papel?

    Alguém está ganhando muito com isso e não é a população.

    Aliás… Se já não bastasse a poluição visual causada pelo excesso de sinais na rótula em frente a estação do Catamarã em Charitas também está começando a ocorrer na rótula da DPO da Região Oceânica. Mas tudo bem, vai que esse suposto excesso de sinais sejam importantes e eu não percebi alguma coisa.

    Mas por favor alguém me explica por que colocaram sinais nas saídas de condomínios em Itaipu??? Não há trânsito que justifique, até porque as vias principais tem sinais próximos. Até sinal de pedestre colocaram! Única coisa que me ocorre é que alguém ganha por poste instalado.

  8. Não existe magica ! Quando se faz reformas e ampliações de vias públicas, sem área de escape, o comercio da região sofre e muito ! O ideal seria, abonar o Iptu de cada condômino da região atingida, para amenizar em parte, o sofrimento dos comerciantes, que já sofrem com a crise que assolou todo o país.

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