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Niterói saboreia a cozinha internacional

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Neste Dia Internacional do Chef (20/10), a coluna homenageia dois ícones da gastronomia em Niterói: a portuguesa Henriqueta Henriques, da Gruta de Santo Antonio; e o italiano Bruno Marasco, do Da Carmine. A ex-capital fluminense nada fica a dever a nenhuma cidade brasileira neste quesito, já que está bem servida por essas duas ilustres figuras humanas que, com seu talento criam pratos saborosos para o deleite dos niteroienses.

Dona Henriqueta Henriques nasceu em Montes, freguesia de Alcobaça, onde aprendeu com a mãe cozinheira os segredos da gostosa comida portuguesa, mas preferiu seguir por outro caminho, o da alta costura. Jovem modista, procurou novos horizontes, vindo para Niterói e aqui prosseguindo com a sua atividade na moda.

Casou em 1971 com Agostinho da Cunha, dono da Pensão Europa, na Rua Silva Jardim. Oito anos depois, ficou viúva com dois filhos, Alexandre e Marcelo, e assumiu o comércio do marido. Foi então que nasceu a chef que, mais adiante, consagrou-se na sua Gruta de Santo Antônio, na Ponta D’Areia, reconhecido point da alta gastronomia frequentado por cariocas e niteroienses.

O filho Alexandre herdou o talento do pai e da mãe, e o gosto pela cozinha, sendo hoje referência da comida lusa no Brasil.

Em 1992, o chef italiano Bruno Marasco veio a Niterói visitar Carmine, o irmão mais velho, e apesar de já consagrado em sua vida profissional na Europa, decidiu aqui iniciar uma experiência nova na cozinha, começando em uma estrutura caseira, assim como era a casa da mãe, para produzir com mais fidelidade a alimentação mediterrânea com a qual foi criado na Província de Consença, na Calábria.

Carmine, habilidoso com as mãos, um artista nato, desembarcou em 1985 em Niterói para trabalhar como serralheiro. Criou muitos portões e janelas, mas o que gostava mesmo de fazer era meter a mão na massa. Resolveu mostrar suas habilidades no Massa Nápoli, em São Cristóvão.

Em 1989 comprou um forno a lenha e começou a fazer pizzas para os vizinhos de Itaipu. As encomendas foram aumentando e ele transformou a casa numa Pizzaria. Com a chegada em 92, do irmão Bruno, chef experiente na Itália, abriram o Da Carmine, em Itaipu, depois outro restaurante na Rua Mariz e Barros, e ganharam sucessivos prêmios por fazerem a melhor comida da mamma Sílvia.

Juntos, os irmãos Marasco transformaram o jardim daquela casa em um refúgio dos apaixonados pela Itália. Carmine, com suas incríveis habilidades de fazer pizzas napolitanas e pães de fermentação natural, além da construção de restaurantes, carinhosamente projetados para atingir o objetivo, e Bruno, como grande chef, criador de receitas únicas de risotos, gelatos, antepastos, salames e pastas frescas lisas e recheadas.

Além disso, a história desse grande chef tem um ingrediente mais do que especial, sua querida esposa e sócia Suzanne Lervolino, que participa desde o início dessa incrível virada na vida de Bruno e se declara perdidamente apaixonada pela gastronomia dos irmãos além, é claro, pelo talentoso chef Bruno.

Sobre todos os anos de trajetória dos restaurantes da Famiglia Da Carmine, ela conta:

– Nestes 16 anos de parceria, muito conquistamos sempre com aquele jeito impulsivo como os de personagens de novelas. Construímos em Niterói uma história de carinho e amor com nossos clientes. Eu entro nessa história como um ingrediente secreto que mantém esta união, me divirto e renovo todos os dias meu amor por eles e a Itália.

Hoje, a Famiglia da Carmine cuida dos restaurantes da Carmine Icaraí, Da Carmine Itaipu, Empório del Gusto e Bar Itália, além de fábrica artesanal de Pasta Fresca. Para tornar a casa mais típica Carmine resolveu aprender canto para soltar a voz com músicas típicas em dois dias da semana, na Região Oceânica e no Jardim Icaraí.

Todo o carinho que Bruno, Carmine e Suzanne têm com seus clientes faz com que a visita a seus restaurantes seja uma verdadeira e surpreendente viagem gastronômica à Itália.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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