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Niterói Rotativo ocupa imóvel público enquanto cobra R$ 15 mi nas ruas

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A concessionária do estacionamento rotativo tem sede num imóvel público de Niterói, na Rua Paulo César 28, em Icaraí

A Niterói Rotativo, que explora o estacionamento pago em mais de cinco mil vagas nas ruas da cidade, ocupa um imóvel público na Rua Paulo César 28, em Icaraí. O prédio deveria ser de uso da Seconser, a secretaria municipal responsável pela fiscalização da concessionária que, no ano passado, faturou R$ 15,5 milhões recebidos dos motoristas, mas se queixa de sofrer uma perda de 42% da receita com a evasão dos veículos que não fazem o pagamento da tarifa de R$ 5,00 pelo período de duas horas.

Por sua vez, os cerca de 200 funcionários da Niterói Rotativo se veem ameaçados pelo desemprego. Isto porque o prefeito Axel Grael, contrariando o programa trabalhista de seu partido atual, o PDT, enviou à Câmara de Vereadores um projeto de lei autorizando a Niterói Rotativo a implementar um sistema informatizado de cobrança, fiscalização, gestão e administração.

Resumindo, a empresa utilizará mais computadores, aplicativos, softwares e hardwares. Os guardadores que quase já não são vistos nas ruas serão trocados pela cobrança automatizada da tarifa. Os motoristas que se virem para pagar pelo estacionamento se não quiserem ser multados. A cobrança já vem sendo feita pelo aplicativo “Niterói Rotativo”, no qual os motoristas precisam se cadastrar e autorizar o pagamento via cartão de débito ou de crédito.

A Niterói Rotativo estava testando o “carro da multa”. Mas Grael não gostou da repercussão da notícia e proibiu a empresa de continuar o teste. Dotado de câmeras que gravam a placa dos veículos parados nas vagas, o “carro da multa” envia as imagens para serem filtradas por um sistema capaz de identificar os que não pagaram. Esses dados seguirão, então, para a prefeitura multar os que considerar infratores pelo “estacionamento irregular”.

Empregando menos guardadores, a concessionária poderá ampliar o negócio, como prevê também o projeto de lei. Os motoristas, para não serem multados, deverão baixar em seus celulares o app Niterói Rotativo para pagar a tarifa antes de deixarem o carro na vaga.

Pelo contrato de concessão, que ainda tem mais 15 anos de prazo, a empresa Niterói Park Ltda (cujo nome fantasia é Niterói Rotativo), deixa somente 2,5 por cento para o município, como outorga. Em 2023, a prefeitura recebeu R$ 388.957,00.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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