O tratamento de hemodiálise de pacientes com doenças renais em Niterói está com o pagamento atrasado desde maio pela prefeitura. O custeio da Terapia Renal Substitutiva (TRS) é feito pelo Ministério da Saúde. Mas a secretaria municipal, apesar de haver recebido o recurso federal em 25 de junho, até hoje não fez o repasse para as clínicas que prestam o serviço de diálise em Niterói.
As clínicas também estão há mais de seis meses sem receber do governo estadual a verba de cofinanciamento para a confecção das fístulas (melhor tipo de acesso para hemodiálise, principalmente quando sua confecção evita o uso de próteses e dá mais segurança ao tratamento dialítico).
Em julho, Marcos Alexandre Vieira, presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), reclamou em ofício ao secretário de Saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, sobre o “descaso que as clínicas vêm enfrentando por parte desta Secretaria que está retendo o repasse dos recursos para o pagamento referente a maio”.
Pacientes portadores de doença renal crônica dependem da hemodiálise, tratamento fundamental para a manutenção de suas vidas. Sem receber há dois meses, os centros de diálise dizem estar ficando sem os insumos necessários para a manutenção do tratamento. Fato é que o dinheiro existe, foi enviado para a prefeitura com fim específico, mas está sendo retido.
Lembra o presidente da ABCDT que “o atraso constante por parte do gestor no repasse (a Prefeitura de Niterói) gera dificuldades no fluxo de caixa das clínicas, que para o exercício do tratamento, adquirem e mantêm máquinas e produtos importados indispensáveis para a hemodiálise. Além disto, possuem obrigações trabalhistas e tributárias, dentre outras, que devem ser atendidas mensalmente”, acrescentou Marcos Vieira.