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Coluna do LAM

Niterói poderia adaptar a “bomba de sementes” da Tailândia que combate o desmatamento

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Lembro bem. Nos anos 1990 vários praticantes de voo livre de Niterói passaram dias jogando sementes de árvores nativas da Mata Atlântica, em pontos como o Morro da Viração, nas imediações do Parque da Cidade e em diversas outras áreas. Se hoje há algum sinal positivo de fortalecimento florestal com certeza a ação desses “voadores” tem participação.

Essa semana uma matéria no site “Papo Reto” chamou a minha atenção. Título: “Tailândia bombardeia o país com sementes de árvores para combater o desmatamento”. Nos últimos meses, o país asiático usou alguns aviões militares para bombardear suas florestas com “bombas de sementes”, que foram criadas para tentar recuperar as áreas desmatadas. Um milhão de árvores são plantadas por dia. Estima-se que os resultados positivos começarão a aparecer no início do ano 2020.

Quem inventou a “bomba de sementes” foi um japonês chamado Fukuoka. As bombas são feitas com sementes de árvores locais, junto com uma mistura de argila, terra e composto, o que facilita a germinação.  

A adaptação desse projeto para Niterói não parece difícil. Para começar a meta de plantio daqui é infinitamente mais baixa do que um milhão por dia. O avião pode ser substituído por um helicóptero ou, quem sabe, por praticantes de voo livre.

Se a prefeitura tiver a humildade de admitir que o projeto é excelente, basta entrar em contato com o “Papo Reto” (https://bit.ly/2vWTpNk) e localizar autoridades da região de Phitsanulok, na Tailândia (onde o bombardeio começou) ou procurar o inventor da “bomba de sementes”, o japonês Fukuoka.

Bombardeios de sementes por toda a cidade, especialmente nos castigados morros, certamente seriam muito bem vindos pela população, que protesta contra a falta de mais árvores como dizem os cidadãos na página “Salvem as árvores de Niterói”, no Facebook. Conheça aqui: https://bit.ly/2SPmwed .

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Considerado o “pulmão verde” de Icaraí, o Campo de São Bento invadido desperta a justa ira de alguns. No Facebook, página “Em Defesa do Campo de São Bento” (conheça aqui https://bit.ly/2PUM0qL) Antonino Marques publicou um texto cujos trechos reproduzimos aqui, com autorização prévia do autor.

“ (…) Domingo no Campo de São Bento comerciantes e prestadores de serviço ocupam áreas públicas para a realização de atividades particulares. Eles reservam “seus espaços” e os ornamentam para os fins desejados. Alguns instalam sistema de som. Ocupam-se espaços para tudo. Sobram pouquíssimos para os visitantes que pagam seus impostos em dia. Um verdadeiro mafuá, conseqüência do Dec.13.205/ 2019, editado recentemente com objetivo de se estabelecer normas para a realização de eventos no Parque.

O Campo de São Bento, nos finais de semana, é divido em “espaços” para festas de aniversários (produzidas por empresas particulares), feira de produtos orgânicos (dirigida por parente de vereador), degustação de comida baiana, venda de livros e área de para brinquedos infantis (explorado por um cabo-eleitoral do ex-presidente da Câmara Municipal).

Até o “Cantinho da Vovó” vira área de festas.

Existem as áreas permanentes, onde, há décadas, se realiza a feira de artesanato e funciona o Parque de Diversões Maracanã. Mas essas não são tão criticadas. Para quem quiser passear, sobram às alamedas que contornam os lagos dos patos e do chafariz. Para curtir o verde, deve-se olhar para cima. Em baixo, só existem canteiros esmirrados.

“ESSES ESPAÇOS SÃO MEUS”.

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# Gosta de bicicleta e música? Clique e ouça: https://bit.ly/2PFoApb

# Indo de ônibus para a Região Oceânica e voltando pela estrada Francisco da Cruz Nunes é assustador ver o crescimento de construções de dois, três andares no Morro do Preventório e no Cantagalo. Muitas junto a barrancos, tortas, etc.

# A febre das quentinhas aumenta pela cidade. Já tem gente vendendo um almoço por R$ 8,00 em algumas esquinas de Icaraí e por isso muita gente está aderindo. Logicamente verificando a procedência, papel que caberia a fiscalização da prefeitura.

# Na onda, alguns restaurantes self service estão baixando o preço. Capitalismo, meu rei.

# Por falar em preço, vai ser difícil os orgânicos decolarem com seus estratosféricos preços.

# Além de tirarem o silencioso (barulho infernal) muitas motos resolveram andar sem placas pela cidade. Surfam na impunidade.

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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