
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), revela uma queda significativa de Niterói no ranking estadual. A cidade, que ocupava a primeira posição em 2013 (ano em que Rodrigo Neves assumiu seu primeiro mandato como prefeito), caiu para o 11º lugar em 2023, uma perda de dez colocações ao longo de uma década.
Apesar do recuo, Niterói ainda mantém um nível de desenvolvimento moderado, com avanços nos indicadores de Educação e Saúde, mas uma piora no segmento de Emprego & Renda, fator determinante para a queda no ranking. O relatório de 2025 foi elaborado com base em dados de 2023, analisando 5.550 dos 5.571 municípios brasileiros, que concentram 99,96% da população. No estado do Rio de Janeiro, todos os 92 municípios foram avaliados.
Capital lidera
O estudo destaca que o Rio de Janeiro lidera o ranking estadual com um IFDM de 0,7933, seguido por Volta Redonda (0,7556) e Resende (0,7421). Já Macaé, que figura entre as cinco cidades mais bem avaliadas, apresentou um índice de 0,7413, sendo a única do Norte Fluminense no topo da classificação.
Enquanto isso, Campos dos Goytacazes ocupa a 55ª posição, com um IFDM de 0,6080, ficando atrás de cidades como Carapebus (0,6407) e São João da Barra (0,6217). Belford Roxo, por sua vez, aparece na última posição, sendo o único município do estado classificado com nível de desenvolvimento crítico.
O que é o IFDM
Criado pela Firjan em 2008 e atualizado em 2025, o IFDM mede o desenvolvimento socioeconômico dos municípios com base em três indicadores principais:
- Emprego & Renda: Analisa geração de empregos formais e evolução da renda da população.
- Saúde: Considera mortalidade infantil, cobertura vacinal e acesso a serviços médicos.
- Educação: Avalia matrículas na educação infantil, taxa de abandono escolar e qualidade do ensino.
A pontuação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. Os municípios são classificados em quatro faixas:
- Desenvolvimento Crítico (0,0 a 0,4)
- Desenvolvimento Baixo (0,4 a 0,6)
- Desenvolvimento Moderado (0,6 a 0,8)
- Desenvolvimento Alto (0,8 a 1,0)
Além de permitir comparações entre cidades e períodos anuais, o estudo também evidencia desafios como desigualdade socioeconômica e escassez de médicos em algumas regiões, especialmente no Leste Fluminense, que apresentou um dos menores IFDM médios do estado.